QUANDO O OUTONO
CHEGAR
Quando o outono chegar,
Eu não irei te
encontrar
Nem afagar os teus cabelos,
Menos ainda escutar
teu apelos,
Afastar-me-ei de ti,
Suplantarei a ausência sentida,
Nas dores desta vida,
Irei brotar como as folhas,
Na primavera florida,
Entre arbustos
verdejantes,
Olhar sorrisos vibrantes,
Plantados em outros semblantes
De ontem, de hoje, do amanhã viverei,
Igualmente uma diva no divã,
Não pensarei mais na saudade,
Na ausência e na desdita,
Calarei para sempre essa lembrança infinita,
Cerrarei meus lábios pra ti,
Não ouvirás meu riso,
Será pra ti um castigo
Nem a minha voz ouvirás,
Nada de mim terás,
Somente a lembrança distante,
De uma história mirabolante.
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