Eu já vivi alguns anos,
Passei por muitos enganos,
Convivi com seres intocáveis,
E vi que eram insubstituíveis,
Pessoas raras, inesquecíveis,
Mas que esqueci....
Agi muitas vezes por impulso,
Ouvi choros e soluço,
Tudo tocou meu coração,
Que não é ferro nem alçapão,
É órgão suave, terno, ardoroso,
Que tudo sente em alvoroço…
Eu já abracei para consolar,
Fiz esforço na vida para não soluçar,
Não sentir e sofrer dores alheias,
Fugir das armadilhas e teias,
Viver na minha paz,
Sem vícios ou vida fugaz…
Eu lutei por minha profissão,
Dela fiz altar e missão,
Nela eu já amei e fui amada,
Também já fui rejeitada,
Eu fui amada e não amei,
Fui traída e não trai…
Eu tenho consciência da vida,
Embora seja mulher atrevida,
Que preza os valores dos homens e de Deus,
Mas sigo preceitos meus,
Sem enganar, mentir, falsear,
Carrego recordações alegres, tristes, doloridas…
Eu sou mulher que curou feridas,
E a Deus bendiz a vida,
Um amor eterno, sublime,
Que com bênçãos a alma redime,
Em versos, histórias, memórias,
Tudo colheita das recebidas glórias…
Eu sou uma adulta mulher-criança,
Que no dedo carrega aliança,
Um compromisso assumido na vida que dança,
Com hinos, fé, esperança,
Vivo com atenção e zelo por gente,
Que não aprendeu a se dar,
Para uma mulher que sabe amar…
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