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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O ABRE-ALAS DA INTELIGÊNCIA SOCIAL

 

Observa-se uma tendência coletiva, em função de trabalho ou hábito de Internet, o isolamento, cada vez mais freqüente, entre pessoas. Tanta gente convive com poucas amizades e outras tantas pessoas se recusam ou evitam a alargar os horizontes sociais. Em verdade, as pessoas, hoje, sentem medo das outras, em especial daquelas desconhecidas. Mas o fato real é que a pessoa humana, como ser social, necessita exercitar e alargar a sua inteligência social, como uma necessidade que se tem e um caminho mais amplo para se alcançar a felicidade, a alegria de viver. Necessitamos conhecer novas pessoas, descobrir nelas afinidades ou valores que nós admiramos, respeitamos e desejamos compartilhar.

E essa tarefa de conhecer novas pessoas, dialogar com elas é tão importante quanto cultivar relacionamentos já existentes. O novo é literalmente inovador, pleno de oportunidades e quem busca relacionar-se e transitar em diversas rodas de amizades desenvolve e exercita, como essa prática, a inteligência social, ao tempo em que trabalha com a inteligência emocional.

O renomado psicólogo Daniel Goleman, autor do best seller “Inteligência Emocional”, criou um guia para a compreensão e utilização dessa inteligência. Ali afirma que essa inteligência pode ser desenvolvida ao longo da vida. Em resumo, podemos aprender a utilizar as competências da inteligência e, assim, evoluirmos intelectualmente e socialmente. Então, sabendo que há vários tipos de inteligência, o cientista diz que a inteligência social é a real aplicação da inteligência emocional no mundo das relações interpessoais.

Desta forma, começa-se a compreender que para sermos socialmente inteligentes precisamos, de fato, conviver socialmente. Por isso nós construímos e desenvolvemos a inteligência social interagindo no meio em que vivemos, estimulando nosso cérebro com cultura, conhecimento, costumes, hábitos. Essas experiências novas e contínuas desencadeiam valiosas conexões neurais em nossa máquina cerebral, que moldam nossas emoções, criando, desse jeito, um ser humano sociável, empático, totalmente adaptável ao meio e ao convívio com outras pessoas, de forma saudável, integralizadora.

Na atualidade, após tantos estudos, os cientistas afirmam que as inteligências múltiplas podem ser menos ou mais ativadas em nosso cérebro. E para que isso aconteça contam-se como fatores determinantes as oportunidades disponíveis no ambiente sócio-cultural e, também, das decisões e escolhas pessoais ou do grupo de convívio. Estes fatores são tão específicos e variantes que moldam o ser humano como espécime único, com inteligências diferenciadas e totalmente adaptadas ao meio.

Por isso mesmo uma das competências mais requisitadas e apreciadas no universo profissional é a inteligência social, capacidade que proporciona maior colaboração entre indivíduos, desenvolvendo a empatia e a habilidade de trabalhar em grupo e conviver em comunidade, com maior interação, envolvimento e comprometimento. O poder “Inteligência Social” é a capacidade de alguém lidar com outras pessoas e compreender os sentimentos alheios, os relacionamentos sociais e as convenções morais. Pessoas com alta Inteligência Social são sensíveis, têm tato, sabem ser atenciosas, calorosas, amigáveis. Preferem o elogio ao invés da crítica, assim como sabem evitar conflitos e discussões. Dão grande atenção a afetos e paixões e tendem a decidir com base em sentimentos. São boas em fazer amigos, influenciar pessoas e transmitir sua disposição aos demais. Isso não significa que sejam necessariamente pessoas éticas, justas ou bondosas. Pois podem ser simplesmente bons manipuladores das emoções alheias.

O estudioso Goleman ensina que a construção dos nossos relacionamentos – as quais denomina de networking - não moldam apenas nossas experiências, mas principalmente nosso corpo físico, literalmente nossa biologia. Isso pode nos afetar de maneira maligna ou benigna, pois somos o que vivemos! Relacionamentos desagradáveis constroem verdadeiras “bombas-relógio” emocionais dentro de nós, que são montadas lentamente, ao longo da vida, prontas para explodir tomando formas como: descontrole emocional, estresse, ansiedade, doenças cardíacas e respiratórias, úlceras entre tantos outros males que afligem a população contemporânea.

Enquanto os relacionamentos agradáveis, são celeiros de experiências positivas e saudáveis ao nosso corpo e, principalmente, ao cérebro, abastecendo-o de informações que construirão o ser profissional e social que nos tornamos, pouco a pouco, aptos e dispostos ao relacionamento interpessoal.

Dessa forma, obter os benefícios do networking não é difícil, apenas exige empenho e dedicação full time, pois como se sabe, o ser humano está sempre em processo contínuo de trabalho e desenvolvimento de sua inteligência social. Um cérebro menos ou mais sociável é fruto do exercício do convívio, do relacionamento e do acúmulo de experiências desde a mais tenra idade.

Pode-se concluir dizendo que conquistar o ápice do sucesso profissional ou pessoal depende do estímulo, das escolhas e, principalmente, desse exercício cotidiano fantástico que é a prática incessante do networking, que leva a pessoa ao encontro de redes de relacionamento sólidas, gerando experiências valiosas, que lapidadas pelo convívio, constroem nossa inteligência social. Assim, seremos, com certeza, mais felizes.

DICAS DE GRAMÁTICA

INFRINGIR OU INFLIGIR, PROFESSORA?

- Os dois verbos, a depender daquilo que se deseja dizer.

Infringir significa transgredir: Infringiu o regulamento do trânsito.

Infligir (e não "inflingir") significa impor: O juiz infligiu séria punição ao réu.

QUAL E DIFERENÇA ENTRE SOB E SOBRE?

- Sob significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama.

- Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação.

2 comentários:

Marlene Silva disse...

Sou universitária,em serviço social
pela UNIP EAD,to sempre pesquisando
na net,gostei muito do tema" o abre-alas da inteligência social"
Marlene Silva
Juína mt

Marlene Silva disse...

muito bom

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.