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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Palavras dirigem e comandam a vida

Sempre é bom refletir sobre o poder, a força e a magia das palavras. Sabemos que elas embalam, direcionam a vida com o poder de cuidar, zelar, acariciar, ferir, magoar, deturpar, criar falsos caminhos, abrir novas e boas trilhas, conquistar um amor, destruir um romance, um negócio, um casamento, um lar...

O fato é que as palavras são forças e quando emitidas têm trajetória certa. Por isso o seu uso requer atenção, prudência, sabedoria, cuidado. Pois as palavras podem impressionar mais que fatos. A palavra faz parte da nossa essência: com ela, nos acercamos do outro, nos entregamos ou nos negamos, apaziguamos, ferimos e matamos. Com a palavra, seduzimos, num texto; com a palavra, liquidamos – negócios, amores. Com as palavras nomeamos as coisas do mundo, com as palavras damos nomes às pessoas. Com a palavra as pessoas nos chamam.

Então, é importante não perder de vista que além do conteúdo das palavras, existe a forma de como elas são ditas. Muitas vezes queremos falar uma coisa, mas a forma ou a nossa expressão acaba nos traindo. Uma palavra confere o nome ao filho que nasce e ao navio que transporta vidas ou armas. “Vá”, “Venha”, “Fique”, “Eu vou”, “Eu não sei”, “Eu quero, mas não posso”, “Eu não sou capaz”, “Sim, eu mereço” - dessa forma, marcamos as nossas escolhas. Viemos ao mundo para dar nomes às coisas: dessa forma nos tornamos senhores delas ou servos de quem as batizar antes de nós.

Vêm-se que as palavras não são, apenas, conjunto de sons emitidos pelas cordas vocais. Elas são vibração espiritual, uma espécie de onda do pensamento. As palavras que entram pelos nossos ouvidos e tornam-se sugestões HIPNÓTICAS; depois, governam nossos atos sem participação do nosso consciente. As palavras são sementes, por isso mentalizar boas palavras e dirigi-las ao outro é uma forma de melhorar nosso destino assim como o destino do outro. Quem escuta coisas boas tende a colocá-las em prática.

Estudos apontam que as palavras produzem reações em cadeia. Quando alguém elabora um plano este deve ser grandioso e as palavras mantidas em segredo pelo motivo de a palavra possuir força interna capaz de concretizar seu conteúdo com a máxima potência enquanto as palavras estiverem acumuladas no pensamento. Ao contrário, se a pessoa exterioriza os pensamentos de planos, projetos, através da fala, a "PRESSÃO INTERNA" diminui na exata proporção os pensamentos são falados. Assim, a força das palavras reside, também, na força dos pensamentos.

De tudo que aqui se diz, faz-se uma sugestão de exercício mental: pare o leitor e reflita sobre a qualidade das palavras que disse durante o dia de hoje. Foram palavras de amor, de irritação, palavras ditas só por falar, palavras que apoiaram, ridicularizaram... Faça uma breve análise do que passou por seus lábios. O que prevaleceu? O luxo do amor ao próximo e a si mesmo ou o lixo das palavras sem sentido, da irritação com as coisas miúdas?

As pessoas falam, a maioria das vezes, sem pensar. São movidas pelos acontecimentos. Assim, deixamos que as palavras saiam de nossas bocas sem medir os resultados, sem considerar os efeitos. Mas não fazemos isso por ignorância, fazemos por descuido.

Porque todos nós sabemos, muito bem, o poder das palavras. Pare e pense nas pessoas que já a magoaram através de palavras no último ano. Nos últimos dez anos. Desde sua adolescência. Desde sua infância. Muitos de nós mantém vivas, ainda, dores vindas de palavras ditas há um longo tempo atrás. Embora sem substância material, as palavras têm uma força infinita. Elas não são esquecidas com facilidade…

É bom, também, pensar nas boas palavras que nos foram ditas. Nos momentos em que nossa auto-estima dependeu de uma palavra generosa. Daqueles que fizeram com que nos sentíssemos importantes, amados, queridos através das palavras. As palavras podem ser bênçãos e bálsamos, curar dores causadas por outras palavras.

A prática sugerida a seguir trabalha com a “limpeza” desses episódios que nos deixaram marcas e sofrimentos, usando a palavra escrita como instrumento de liberação. Pois as palavras têm esse belíssimo dom da multiplicidade: elas podem ser tanto a faca que fere como a mão que auxilia como, ainda, o remédio que cicatriza. Nesta prática, usaremos as palavras como forma de cicatrizar o passado. Então, é bom refletir sobre o que se ouviu de bom, se disse de bom e, ainda, sobre o que não foi positivo. É bom refletir sobre os dois aspectos: o bom e o ruim. Somente assim vamos corrigir nossas ações guiadas pelas palavras.

Portanto, devemos medir e comedir às nossas palavras, pois tão rápidas quanto poderosas são. São armas invisíveis, com o poder de livrar da morte, porém, qual punhal, podem dilacerar o coração. Por isso é bom usar as boas e generosas palavras. Elas dignificam quem as emite e quem as recebe. Elas são uma benção eterna em nossas vidas. Pois no início era o “verbo” e ele se fez palavra e a palavra é deus com sua infinita sabedoria e poder.

DICAS DE GRAMÁTICA

DÚVIDAS FREQUENTES: "ver" ou "vir"?

- VER - converte-se em "vir" no futuro do subjuntivo: Se você vir... Quando você vir.... - o mesmo vale para seus derivados: rever, prever, antever, entrever... - nos demais tempos, o procedimento é o mesmo: se eles revissem, previssem; eles previram; ele reviu... VIR - no futuro do subjuntivo, transforma-se em "vier": quando ele vier... - a mesma forma vale para os seus derivados: convier, intervier...

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A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.