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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ONDE ESTÁ O POETA?

 


Não busquem pelo poeta
Na estrofe ou na curva dos versos,
Eu não sou fantasma para viver em papeis dispersos,
E cobrir o rosto num véu celestial,
E depois me mostrar igualmente colegial.
Eu habito alguns poemas,
N’outros versejo na sombra das rimas,
Mas não vivo de quimeras,
Assim não tolero feras,
Que de mim digam esmeras.
Não me procure nas contravoltas dos poemas,
Eu estou nas metonímias e metáforas dos ecossistemas,
Ou nas figuras de linguagem,
Que tanto dizem, fazem e desfazem,
Tudo por meio da linguagem.
Não estou aqui nem ali,
Habito os ancestrais dos rios,
Das matas nos desafios,
Sem confessar a quem,
Onde vou encontrar alguém.
Eu viajo no ar da brisa,
Nos encantos da Monalisa,
Nas fábulas de La Fontaine,
Os pés na terra e o olhar online,
Embalada na ternura de Exupery Antoine.

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A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.