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terça-feira, 14 de junho de 2016

A ESCOLA DE HOJE É DOS DIFERENTES E DA DIVERSIDADE


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Embora a escola de hoje seja o espaço “dos diferentes e da diversidade”, não deixa de ser o lugar onde se prepara os seres humanos para o viver em harmonia, ética, solidariedade. Não pode esse sagrado espaço permanecer, como hoje, um lugar de barbárie, onde acontecem furtos, agressões, prostituição, desrespeito à vida, aos valores éticos, morais, religiosos das pessoas.
O artigo está motivado pelos noticiários de TV, jornais e demais meios de comunicação de massa, que mostram, em todo o mundo, as mazelas geradas pela violência dentro do ambiente escolar. Esses fatos geram comoção nos educadores, que vêm esforços e recursos jogados no lixo. O fato é que a violência adentrou nos muros escolares fazendo-se marcante e presente. Afinal, o que estará acontecendo com esta “sacrossanta”  escola  que pretende apenas educar?
Além dessa gritante violência e desrespeito, dentro do espaço escolar, esses malefícios vazam além das paredes e muros, atingem, em cheio, a sociedade. São jovens que fazem uso de arma, drogas, bebidas, a praticar barbárie no meio social, sem escolher raça, cor, crença. Matam os pais, a família inteira e muitas vezes também se matam. É uma realidade louca, preocupante, uma agressão generalizada  a deixar a sociedade engessada, considerando que se torna refém de jovens agressivos, violentos que não respeitam nada. Parece-nos, até, que o mundo tornou-se um “ringue”, onde os valores morais, a ética e a educação são pisoteados em favor de quem tem mais força, mais maldade, mais malícia. As manifestações violentas assumiram formas variadas, sutis e, muitas vezes, perversamente camufladas por trás de um cenário tranquilo na dinâmica das relações sociais.
Não há respeito aos professores, aos colegas, à comunidade. Parece-me que o mundo perdeu a direção e a  educação não consegue tomar “ o lema” dessa grandiosa tarefa de educar para a cidadania, para a ética. O mundo se tornou egoísta, onde cada pessoa olha para si própria, esquecendo-se que faz parte de um sistema que não poderá ir bem se as pessoas estão desintegradas, as famílias destroçadas, a educação sem meios para realizar a grandiosa tarefa de educar para a vida, educar para o mundo.
É consenso social que a violência escolar é uma questão que deve ser analisada e estudada na atualidade, tendo em vista que as consequências atingem, em cheio, a sociedade como um todo. Daí, decorrem inúmeros dramas sociais: criminalidade, prostituição, desemprego, fome, miséria, flagelo humano. Quando se pensa numa educação que priorize a qualidade e o bem estar da juventude, que almeje inserir o jovem na sociedade e no mercado de trabalho, não há como se fugir do ideal de uma convivência democrática e solidária, no ambiente escolar, nas famílias, na sociedade. Para Ortega e Del Rey (2002), “(...) em todas as comunidades, qualquer que seja sua cultura, as pessoas têm uma aspiração comum: a busca pela paz, a eliminação definitiva da guerra e da violência, e a luta diária para melhorar a qualidade de vida dos que os rodeiam”.
Este século XXI trás modificações marcantes como a globalização, mudanças econômicas, avanços tecnológicos, diversidade cultural e tantas outras questões que se levaria tempo para abordá-las. Logicamente que esse cenário tão diverso do século passado não poderá ter por modelo uma ‘educação do século passado’. O mundo exige uma mudança de paradigmas, mudança no perfil dos educadores e dos gestores escolares. Uma mudança reflexiva capaz de acompanhar às necessidades do tempo atual. Questões como a violência escolar apresentam relevância no atual quadro educacional. A escola de hoje suscita mudanças, requer um aprendizado para lidar coma essa gigantesca heterogeneidade de pessoas, problemas, conflitos. É um mundo que necessita, urgentemente, de políticas eficazes, capazes de educar os jovens, dar suporte aos professores, chamar a atenção das famílias para suas responsabilidades.
Nesse cenário fica-se com as palavras do educador Chrispino e Chrispino (2002), ao dizer que “(A) escola de antes era a escola dos “iguais”. A escola de massa e do futuro será a escola dos “diferentes” e da diversidade, o que pede uma gestão escolar apropriada, a partir da visão do futuro que nos aguarda”. Por isso tudo é urgente políticas eficazes para lidar com o jovem de hoje e preparar a nação para viver o amanhã, sem guerra aramada, todos em paz, vivenciando a ética e o respeito ao próximo. Todos nós merecemos vida digna. A violência impede o ser humano de ser feliz. É preciso pensar na vida e não apenas correr pela vida, como se não fosse possível correr e pensar ao mesmo tempo.

DICAS DE GRAMÁTICA
QUAL A FORMA CORRETA: BRÓCOLO, BRÓCOLI, BRÓCOLOS OU BRÓCOLIS?  
- As formas corretas se definem por brócolis ou brócolos, igualmente óculos, substantivos utilizados apenas no plural.
QUAL O CERTO: HORÁRIO DE PIQUE OU HORÁRIO DE PICO?
As duas formas são consideradas corretas. De acordo com o dicionário Aurélio, pique (do inglês peak), possui três significados distintos: 1 – o auge; 2 – disposição, entusiasmo; 3 – agitação. Dessa forma, tem-se que o substantivo pico (o qual deriva do verbo picar) representa o cume agudo da montanha, mas também representa o sinônimo de pique, relativo às acepções semânticas “1” e “3”.
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Luísa Karlberg, IWA – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Presidente da Academia Acreana de Letras; Membro Fundador da Academia dos Poetas Acreano; Pesquisadora Sênior da CAPES; Membro perene da IWA.





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A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.