
O texto aborda tema importante que é uma reflexão sobre as principais línguas do mundo. E, para percorrer essa trilha, há necessidade de mencionar a importância do estudo das línguas, sob o aspecto genético, para agrupá-las em famílias. E esse estudo ganha importância porque línguas são os meios básicos de organização, de experiência e de conhecimento humano. Quando falamos em língua, falamos também da cultura e da história de um povo. Por meio da língua podemos conhecer todo um universo cultural, ou dizendo de outra forma, é possível conhecer conjunto de respostas que um povo dá às experiências por ele vividas e aos desafios que encontra ao longo do tempo.
As populações que hoje conhecemos como "indo-européias" chegaram ao sudeste europeu e à Ásia Ocidental no final do Neolítico ou no início do Bronze Antigo. A mistura entre sua língua, o indo-europeu primitivo, e a língua falada pelas populações locais originou diversos idiomas. Alguns deles existiram somente na Antigüidade; outros existem até hoje. Mas, em verdade, esse tronco indo-europeu, que existiu há cerca de 7.000 anos, pode ser estudado em dois grandes ramos: 1- Asiático: o índico, o irânico, o armênio, o tocariano; 2 - Europeu: o grego, o itálico (abriga as línguas românicas), o céltico, o báltico, o eslavo, o germânico, o albanês.
Desse imenso universo de línguas, entre 4.000 e 6.800 idiomas na terra, algumas ganham maior destaque, considerando o universo de falantes. Assim, à luz de dados colhidos emEthnologue, 13ª edição (1996 - 1999), trazemos um mapa sobre as principais línguas, número de falantes, e famílias de línguas do mundo.
|             Língua  |                       Família  |                       Principais países e regiões  |                       Número de Usuários                 |        
| Chinês |             Sino-Tibetano  |                       China  |                       885  |        
|             Inglês  |                       Indo-Europeu (Grupo Germânico)  |                       América do Norte, Grã-Bretanha, Austrália, África do Sul  |                       450  |        
|             Hindi-urdu  |                       Indo-Europeu (Grupo Indo-Iraniano)  |                       Índia, Paquistão  |                       333  |        
|             Espanhol  |                       Indo-Europeu (Grupo Românico)  |                       América do Sul, Espanha  |                       266  |        
|             Português  |                       Indo-Europeu (Grupo Românico)  |                       Brasil, Portugal, Angola, Moçambique  |                       175  |        
|             Bengali  |                       Indo-Europeu (Grupo Indo-Iraniano)  |                       Bangladesh, Índia  |                       162  |        
|             Russo  |                       Indo-Europeu (Grupo Eslavo)  |                       Antiga União Soviética  |                       153  |        
|             Árabe  |                       Afro-Asiático  |                       Norte Africano, Oriente Médio  |                       150  |        
|             Japonês  |                       Altaico  |                       Japão  |                       126  |        
|             Francês  |                       Indo-Europeu (Grupo Românico)  |                       França, Canadá, Bélgica, Suíça, África Negra  |                       122  |        
|             Alemão  |                       Indo-Europeu (Grupo Germânico)  |                       Alemanha, Áustria, Suíça  |                       118  |        
|             Wu  |                       Sino-Tibetano  |                       China (Shanghai)  |                       77  |        
|             Javanês  |                       Austronésio  |                       Indonésia (Java)  |                       75  |        
|             Coreano  |                       Altáico  |                       Coréia  |                       72  |        
|             Italiano  |                       Indo-Europeu (Grupo Românico)  |                       Itália  |                       63  |        
|             Marata  |                       Indo-Europeu (Grupo Indo-Iraniano)  |                       Sul da Índia  |                       65  |        
|             Telugu  |                       Dravidiano  |                       Sul da Índia  |                       55  |        
|             Tâmil  |                       Dravidiano  |                       Sul da Índia, Sri Lanka  |                       48  |        
|             Cantonês  |                       Sino-Tibetano  |                       China (Cantão)  |                       47  |        
|             Ucraniano  |                       Indo-Europeu (Grupo Eslavo)  |                       Ucrânia  |                       46  |        
Observa-se, então, que pesquisar a trajetória das línguas constitui, ainda hoje, um desafio fascinante. A completa descrição do indo-europeu, por exemplo, pode ser considerada como uma questão quase que impossível. No entanto, como as línguas têm passado, consultar a história delas, investigar a biografia das palavras é pleito para aqueles que não temem escaladas árduas e lustrosas. É suficiente, nesse particular, seguir os preceitos do método histórico-comparativo, do sábio lingüista teuto chamado Franz Bopp. Pois foi a partir dos estudos comparatistas que o mundo pode compreender muitas coisas, em termos de linguagem e, particularmente, foi possível aos estudiosos compreender a origem, a evolução e as famílias de línguas do mundo.
DICAS DE GRAMÁTICA
PARA MIM FAZER ou PARA EU FAZER?
- Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
HAJA VISTO ou HAJA VISTA?
- A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
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