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sábado, 17 de novembro de 2012

PAIS TÓXICOS:FILHOS INSUPORTÁVEIS

 

A vida submete os seres humanos a muitas experiências. E, no decorrer do tempo, as pessoas passam por situações difíceis, delicadas. Mas de todas elas, boas ou más, é possível retirar grandes lições. Tenho procurado leituras sobre as relações tóxicas de pais e filhos. Há pouca literatura sobre o assunto. Parece-me, até, que ninguém vive o drama de ver pais reféns de filhos ou filhos reféns de pais. Foi nessa peregrinação, para encontrar algumas respostas, que descobri alguns artigos a apontar uma luz no final do túnel, com conceitos da Psicologia Analítica (JUNG, 2000, § 4, p.16).

Diz o estudo ser possível alguém se divorciar de um cônjuge, por um ponto final no namoro, mas muito difícil conciliar uma relação quando o casal, já de idade, possui filhos tóxicos de outro casamento. Isso ainda fica mais complicado quando uma das partes teve infância difícil, conflituosa com o pai ou com a mãe. A psiquiatria explica que esse ser pai ou mãe, embora tenha alcançado sucesso na vida, não consegue ter boa autoestima. A neura que fica da relação conflituosa que teve na infância com os pais não é fácil superar. Devido é esse trauma oferece ao filho a proteção que nunca recebeu. Essa atitude é uma espécie de compensação a si mesmo. Trata o filho como um “rei no trono”. Cria, assim, uma área de instabilidade com o filho, pelo excesso de proteção, por que deseja que o filho tenha a vida que ele não teve. Assim, há uma castração de liberdade, de ambos, e a relação torna-se doentia. Ambos precisam de tratamento psiquiátrico.

Um comentário sobre o tema do Édipo foge aos propósitos do artigo, mas não se pode deixar de destacar a importância da superação da ligação com o pai para o desenvolvimento psíquico da filha mulher. Hillman (1995, p. 88) diz, “sempre que idealizamos o pai permanecemos filhos, a filha, para tornar-se mulher, precisa desidealizar o pai”. A filha mulher precisa romper a fidelidade incestuosa com o pai para poder se desenvolver como mulher, em sua plenitude, como diz Lima Filho (2002).

Segundo a psiquiatria, os relacionamentos raramente são totalmente bons ou ruins. Muitas vezes os pais são carinhosos; n’outras, carrascos a cobrar aquilo que idealizam para si. Mas nem dessa forma dão solução à vida dos filhos, pois ao tempo que cobram ofertam demais. Esse tipo de pai ou de mãe nutre pelo filho um sentimento de piedade, quando na verdade a piedade é de si mesmo, de sua infância triste, do desamor, abandono que sofreu. E com o excesso de piedade, permanece, rotineiramente, sufocando o filho ao tempo em que dá e cobra, espera e não recebe. Se não educou bem o filho como esperar bom resultado?!

Por isso tudo, numa relação afetiva entre casais, com filhos adultos de outro casamento, romper um laço tóxico é tarefa difícil e rara. Por isso a pessoa que chega esbarra num muro surdo. Toca, toca e não obtém respostas. Há uma muralha a separar afetos, pois trata-se de seres egocêntricos, egoístas, doentios, que olham para si e para si. E como a pessoa que chega não possui laços consanguíneos, ver, claramente, a dubiedade da relação familiar construída pelos traumas, lembranças, mágoas, individualismo, parede de proteção, egocentrismo. Essa pessoa que chega não é competidora de filhos, busca uma relação pura de amor que eles não conhecem. Como não possui os traumas de seu par, sofre a angústia de vê-lo no desgaste eterno doando-se como salvador de uma causa quase perdida.

Judith Lewis Herman, especialista em trauma e professora de psiquiatria da Escola de Medicina de Harvard, afirma que a melhor forma de libertar os filhos é curar os pais doentes. A receita é ensinar aos filhos a forma de se autoprotegerem de pais tóxicos, que se julgam donos dos filhos, querem tomar conta de suas vidas até mesmo quando os filhos passam de 40, 50 anos.

A esperança dos terapeutas é que os pacientes consigam ver o dano psicológico de uma relação prejudicial entre pai e filho. Somente com ajuda médica esses pais e filhos conseguirão mudar esse modelo doentio de relação, que não permite ao pai ou ao filho ser feliz. Ainda mais se chega outra mulher, que passa a ser odiada pela filha do antigo casamento como se fosse usurpadora da felicidade que ali ninguém tem. Todos simulam uma vida exterior pacata, mas o interior está em reviravolta, numa inconstante instabilidade. Nem pai nem filha são felizes, são dois mentirosos que enganem a si e aos outros. Pior de tudo, culpam os outros pelo insucesso que têm.

Em qualquer caso, a atenção e o respeito devem ser dados ao caso. Não deve o filho ou filha provocar uma inversão na ordem da relação do casal. O apoio de um pai, de uma mãe a um filho tóxico, no novo relacionamento, é o pior desserviço que pode prestar. A vida exige ações grandiosas e não atos insanos de egoísmo, baixa-estima, péssimo ensinamento aos filhos.

Os pais precisam colocar limites para os filhos crescerem, não apenas de tamanho, mas em atitudes, respeito aos outros, em especial aquela pessoa que chega na vida do pai ou da mãe, numa nova parceria de afeto, amor, doação. Esse filho é um ser com uma quantidade enorme de energia, que precisa, desde cedo, ser bem canalizada. Essa pessoa precisa aprender a gerenciar essa energia adequadamente e, para tanto, precisa de um enquadramento e um direcionamento que, principalmente, ao pai cabe dar.

Também é importante que pais e mães possam ser amigos de seus filhos, mas, antes de qualquer outra coisa, por amor a eles os pais têm o dever de educá-los, de colocar limites, estabelecer proibições. Os filhos necessitam de pais e mães mais próximos, mas precisam, igualmente, de pais que saibam dizer não, saibam estabelecer limites entre suas vidas e a vida dos filhos.

Para educar um filho não há fórmula ou manual que se possa seguir, pois cada filho e cada pai e mãe são únicos em sua natureza. Todos precisam ser respeitados. As pessoas escolhem com quem vão casar, de quem serão amigos, mas não escolhem os filhos, assim como os filhos não escolhem os pais. De toda forma, é preciso saber conviver com eles. De tudo uma coisa é certa: Educar é também frustrar; é dizer não e contrariar a vontade do filho, quando necessário. Não há como escapar disso, sob pena de o próprio filho sofrer as consequências em sua saúde física e mental. Quem ama cuida bem.

Educar também envolve dizer e ouvir o “não”. Significa ensinar que para cada ato existe uma consequência e para cada regra quebrada, uma punição. Significa mostrar que o mundo não gira ao seu próprio redor. Por mais duro que pareça, aquela negativa ou aquela bronca, que parece ser tão difícil de pronunciar, também é um ato de proteção, um ato de amor. Se amar significa querer fazer o melhor por alguém, que tal criar os filhos para serem pessoas melhores e honradas? Educar para a vida é a maior prova de amor que existe.

Então, é preciso entender que o excesso é prejudicial em todos os sentidos, inclusive o amor sem limites. Educar envolve muito mais do que o instinto de proteção, mas também a dura missão de impor fronteiras entre o novo par que se forma e o dever de respeito dos filhos. Educar é dar o direito ao filho de seguir seu destino, ser dono de sua vida. Educar é deixar claro ao filho que o pai ou a mãe pode constituir nova família. Todo ser humano necessita de um para caminhar pela vida. Pai e mãe não são propriedade de filho, ainda mais filho tóxico.

O pai, sendo portador do Logos, permite ao filho (a) viver a falta instalada na psique, mas também proporciona o desejo de seguir em frente, de forma a atingir o que está faltando para o caminho da independência, da felicidade como ser humano livre. Não há crescimento em um ambiente superprotetor, como destaca Stein (2001, p.34). Seres livres e responsáveis tornam o mundo melhor.

20 comentários:

Anônimo disse...

Doutora Lessa, que preciosidade de texto, não havia lido algo igual. Vivo uma relação parecida com essa descrita. Casei com um homem viúvo comandado pelos filhos que aterrozizam nossas vidas. O pai é cego, nada percebe, eles manobram tudo. Não sei como fazer. Creio tratar-se, mesmo de uma doença. O pai do meu marido era alcólatra, batia na mãe, espancava os filhos. Agora ele dá tudo aos filhos que não se esforçam para ter vida própria, são "sombra" para nós. Pior de tudo, provocam desarmonia, porque não dão liberdade para nós, estão em volta como lobos vorazes desejando que eu vá embora e eles comandem tudo, mais do que fazem. O pai se julga um homem livre, mas é um coitado refém dos filhos, mais ainda da filha mais velha, uma parasita que suga a vida, a liberdade, a construção de nós dois como casal. São ladrões que roubam sentimentos e se fazem de coitados. Egoístas, mercenários que bebem a vida do pai viúvo e já velho. Vai terminar morrendo sozinho, abandonado, sem amor. Depois de ler seu artigo, acho que vou sair fora, estou perdendo minha vida que essa gente doente e egoísta. Muito obrigada, este texto foi um grito de alerta para mim. Que Deus a ilumine.

17 de novembro de 2012 10:32

Anônimo disse...

É excelente tema a ser discutido. Os pais envelhecem, ficam viúvos e morrem sozinhos e deixam fortuna para os vagabundos dos filhos. Devia haver lei para proteger homens e mulheres idosos vítimas de filhos usurpadores.

Anônimo disse...

Esses filhos deviam ser denunciados à justiça para não fazerem maldade com os pais. Todo ser humano tem direito a ter companhia. Filho não dorme com o pai nem com a mãe. Exceto se houver incesto.

Anônimo disse...

Isso é verdade que me deixa indignada. Como pode a gente ter filhos para manobrar os pais? Terrível, triste. E ainda castigam, não deixam o coitado "nanhar" com outra. Uma tristeza. Lei neles. cadê os políticos para fazer uma lei?

Anônimo disse...

Gostei da abordagem do assunto, atual, real.Úma realidade que vivem tantos país nesse Brasil. Lamentável existir filhos perversos. Filha mulher é a pior de todas.

Anônimo disse...

Esses filhos devem ir para o asilo, são loucos. Pai é pai, mãe é mãe, criaturas que merecem todo o amor do mundo.

Anônimo disse...

Tenho pena de pais que se sujeitam aos filhos malandros, maus caráter, que manipulam os velhos para arrancar dinheiro. Quando vejo isso agora eu vou denunciar ao Ministério Público Federal.

Anônimo disse...

Revoltante essa situação. A sociedade deve encontrar punição para esses vermes que estragam a vida dos pais.

Anônimo disse...

É um tema raro de se ler, difícil de lidar, muito complicado para curar. As pessoas não aceitam que precisam de ajuda médica. Não acreditam que a vida passada deixou traumas inesquecíveis no subconsciente. Com isso estragam os filhos que passam a ser insuportáveis. E quando o pai ou a mãe precisam casar novamente vem um problema muito grande: a disputa dos filhos. Não aceitam a nova mulher. Acham todos os defeitos nela, como se eles fossem perfeitos. Os filhos criados assim são ruins, péssimos, egoístas. Tenho pena desses pais que envelhecem sozinhos e ainda acham que são o máximo. Todos são péssimas pessoas, não aprenderam a conhecer a si mesma, acham que ruim é o mundo, os outros. Esquecem que o problema está com eles. Gostei do texto, ele é um grito da escuridão. Cláudio Abreu - RJ

Anônimo disse...

Acho que esse assunto é uma faca de dois gumes. De um lado os pais sofredores; de outro,os filhos, frutos de união nem sempre feliz. Há pais que criam sozinho os filhos. Aí o quadro se complica. Esse pai ou mãe quer dar tudo aos filhos. Uns crescem, outros nunca amadurecem e se julgam bons, quando são péssimos em tudo, não se esforçam pela vida, acham que dinheiro cae do céu. Os pais, coitados, ficam velhos a sustentar filhos vagabundos. É triste envelhecer ao lado de gente assim. Nunca explorei meus pais. Minha mãe idosa não tem preocupação com os filhos, exceto o zelo de mãe, nada mais. Isso é o mínimo que se pode fazer, ou seja, ser livre, independente, é obrigação dos filhos. Chupar o pai, a mãe, quando idosos, é um crime. Aldine Machado - MG, Patos de Minas

Anônimo disse...

Bom artigo, bem escrito, reflexivo, fundamentado. É texto para muitos filhos safados lerem. Devia sair nas grandes revistas do Brasil, para ter maior número de leitores, isso ajudaria muitos pais, muitos filhos ingratos.

Anônimo disse...

Amei o texto. O caso da minha família não é bem assim. Meus pais são casados e somos em 3 filhos. Meu pai teve uma infância muito difícil, não teve um pai presente, e sempre ficou sonhando com uma figura paterna que nunca voltou, a mãe era alcoolatra e era muito severa com ele.

Meu pai foi pai muito cedo, nem sabia o que um pai fazia, e nós crescemos com um pai ausente, sempre moramos juntos mas ele não sabia como se portar perante nós.

Nas refeições, que era quando a família ficava reunida, parecia que só existia pai e mãe na mesa. Nós eramos segundo plano, sempre era papo de adulto. Mas, por outro lado, meu pai nunca nos negou nada. Sempre nos deu tudo que podia dar.

Escrevi isso para defender os filhos que muitos aqui descreveram como usurpadores, perversos, loucos, malandros, mau caráter, mas não é por aí, não é bem assim.

Tenho um irmão que está com dificuldade de relacionamento com o meu pai. Somos em 2 mulheres e 1 homem. Hoje é dia 24 de dezembro e nem sei como será o nosso natal, pois o clima lá em casa está terrível. Meu pai queria que meu irmão fosse como ele, mas ele é exatamento o oposto. E com isso há um desgaste muito grande. Pois a pessoa é o que é. Não tem como ninguém manipular e querer mudar a outra pessoa. Meu irmão é uma pessoa educada, não usa drogas, não é alcoolatra, não responde para os pais, os respeita.. Enfim de certa forma é um bom filho. Mas ele ainda não se descobriu e não tem interesse por muita coisa, faz as coisas quando é empurrado, algumas coisas deixa de fazer e é um caus quando não o faz! Meus pais já não sabem o que fazer com ele, ele tem 24 anos e não se interesse por trabalhar, a faculdade ele "empurra com a barriga". E assim vai indo. Esse semana o meu pai explodiu com ele falou coisas horríveis de serem escutadas.

Uma vez meus pais o levaram em um psicologo e ele disse que os errados eram os meus pais. Que quando fosse a hora dele ele iria se interessar por algo, mas meus pais muito ansioso por ver ele desenvolver não aceitam o desleixo e desinteresse dele com as coisas.

Não sei o que faço. Sou uma observadora que quer muito ajudar mas não sabe bem ao certo como.

Anônimo disse...

Amei o texto. O caso da minha família não é bem assim. Meus pais são casados e somos em 3 filhos. Meu pai teve uma infância muito difícil, não teve um pai presente, e sempre ficou sonhando com uma figura paterna que nunca voltou, a mãe era alcoolatra e era muito severa com ele.

Meu pai foi pai muito cedo, nem sabia o que um pai fazia, e nós crescemos com um pai ausente, sempre moramos juntos mas ele não sabia como se portar perante nós.

Nas refeições, que era quando a família ficava reunida, parecia que só existia pai e mãe na mesa. Nós eramos segundo plano, sempre era papo de adulto. Mas, por outro lado, meu pai nunca nos negou nada. Sempre nos deu tudo que podia dar.

Escrevi isso para defender os filhos que muitos aqui descreveram como usurpadores, perversos, loucos, malandros, mau caráter, mas não é por aí, não é bem assim.

Tenho um irmão que está com dificuldade de relacionamento com o meu pai. Somos em 2 mulheres e 1 homem. Hoje é dia 24 de dezembro e nem sei como será o nosso natal, pois o clima lá em casa está terrível. Meu pai queria que meu irmão fosse como ele, mas ele é exatamento o oposto. E com isso há um desgaste muito grande. Pois a pessoa é o que é. Não tem como ninguém manipular e querer mudar a outra pessoa. Meu irmão é uma pessoa educada, não usa drogas, não é alcoolatra, não responde para os pais, os respeita.. Enfim de certa forma é um bom filho. Mas ele ainda não se descobriu e não tem interesse por muita coisa, faz as coisas quando é empurrado, algumas coisas deixa de fazer e é um caus quando não o faz! Meus pais já não sabem o que fazer com ele, ele tem 24 anos e não se interesse por trabalhar, a faculdade ele "empurra com a barriga". E assim vai indo. Esse semana o meu pai explodiu com ele falou coisas horríveis de serem escutadas.

Uma vez meus pais o levaram em um psicologo e ele disse que os errados eram os meus pais. Que quando fosse a hora dele ele iria se interessar por algo, mas meus pais muito ansioso por ver ele desenvolver não aceitam o desleixo e desinteresse dele com as coisas.

Não sei o que faço. Sou uma observadora que quer muito ajudar mas não sabe bem ao certo como.

Verônica de Assis Carvalho disse...

Doutora Luisa Lessa, quanta coragem a senhora tem. O assunto é polêmico demais, porém de uma lucidez nunca vista. Parece até que a senhora já vivenciou um caso assim. Casei-me com um homem viúvo, bom sujeito, honesto, trabalhador. Mas um coitado em relação aos filhos. Se deixa manipular por eles. Entre os filhos há um que se faz de coitadinho, de vítima, mas viva a azucrinar minha vida, quer que eu vá embora, deixe o pai para que esse filho se aposse de tudo. Não quero nada, nenhum bem material, somente a vida de casal, tranquilidade, paz. Tenho meu salário, mas a filha não me aceita, inventa e arquiteta coisas para o pai. Eu nem sei o que fala, sei que vive chamando o pai para conversar longe de mim. O pai vai feito um cordeiro. Ali éla arma um circo, com certeza. Não tenho nada contra filhos de outros, tenho com esse tipo de filho que usa o pai para tirar vantagem, não lhe dá oportunidade de ser feliz com outra mulher. Aliás, essa filha, já casou, descasou e voltou pra casa do pai. Ali manda e desmanda, ninguém pode contrariá-la. Ela é tida como SANTA, mas é uma tóxica, parasita, doente.
Sei que o tema é difícil, mas real. O pai já está velho, decadente, mas sugado todos os dias, lamentável. Não estou suportando a vida aqui. Gosto muito dele, mas o homem é cego! Não vê o que faz a filha. Não posso estragar minha vida, também tenho idade, não acha?
Sou a Verônica de Assis Carvalho.
Abraços e parabéns pelo texto tão profundo.

Anônimo disse...

Li o texto e achei super inteligente. Aprendi muito e confesso que vou procurar melhorar com meu pai. Ele ficou viúvo, casou novamente e eu não gosto da mulher dele. Mas quem deve gostar é ele e não eu. Sei que ela é boa para ele. Os dois é que devem viver a vida deles e eu a minha. Tem razão grande mestra. Obrigadíssimo.

Anônimo disse...

Eu não vou falar mal de filhos alheios. Condeno pais que criam filhos manobristas e aproveitadores. cada um cuide de sua vida. Os nossos irmãos todos se sustentam e ninguém incomoda minha mãe que vive com outro homem. Ela tem direito de ser feliz e nós também. Se ela escolheu alguém para viver ao lado dela nós temos que dar apoio. Texto bom e reflexivo, vejo que muita gente leu e apreciou. parabéns professora Luisa Lessa.

Anônimo disse...

Nossa, parabéns, no alvo. Vivencio ha dois anos um relacionamento assim, doentio. Meu namorado tem um casal de filhos de maes diferentes, mas e teve uma infancia dificil.
Com o filho mais velho 19 anos viveu muitas coisas dificeis, mas depois que nasceu a menina quando o menino tinha 10 anos, praticamente abandonou o garoto. E desde entao vive um relacionamento doentio que eu na ignorancia do assunto achava até edipiano, pois os dois dormem juntos quase como homem e mulher, mas ele, não vê assim, e eu não posso nem me pronunciar a respeito que ele não aceita, um horror a forma como a menina de apenas 10 anos o manipula e ele nao percebe e nem aceita. Sinceramente achei que seria feliz ao lado dele pois temos muita cumplicidade, mas ele só vive a vida dos filhos e nao se da conta. Muito triste.

Anônimo disse...

Minha filha é tóxica... fui uma mãe libera. Mente aberta. Que sempre lhe deu o direito à diferença é à escolha... com os anos ela se virou a mim... e à medida que cresce cada vez mais vai perdendo a noção dos limites. Do respeito e da tolerância que sempre tentei plantar nela...
Não sei como lidar... me vou isolando. E distanciando convencida de que algures no tempo a perdi e não vi...
Só é cordial quando quer algo... quando de algo... de resto tudo tem prioridade em relação a mim...
Sou a cozinheira, lavadeira. Arrumadeira. Banqueira, motorista...
Desisti até de procurar um companheiro... ela não aceitaria e faria de tudo para que falhasse...
Abrir -me e falar com ela só resulta em usar os meus pontos fracos contra mim...
Deprimo... e sinto coisas que nenhuma mãe deve sentir...
Estou cansada... farta..
Em artigos que leio dão os pais os tóxicos... será,???? Não né revejo em nenhuma característica ou comportamento destes país... só sei que é difícil...continuar e fingir para o mundo que minha filha é um doce ... vergonha do que pensa diz de mim... e da forma como me manipula e controla ...
perdoe o desabafo...

Luísa Galvão Lessa Karlberg disse...

Filhos tóxicos existem aos milhares. O que deve ser feito? Que os pais os ponham fora de casa para cuidarem de suas vidas, afinal eles não estão dando nada para quem lhes deu tanto. Os pais nunca devem perder a autoridade. Respeito e liberdade cabem em todo lugar, sobretudo num lar. Excelente texto, Doutora, parabéns!

Anônimo disse...

Filhos tóxicos existem aos milhares. O que deve ser feito? Que os pais os ponham fora de casa para cuidarem de suas vidas, afinal eles não estão dando nada para quem lhes deu tanto. Os pais nunca devem perder a autoridade. Respeito e liberdade cabem em todo lugar, sobretudo num lar. Excelente texto, Doutora, parabéns!

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.