Muita gente fala em intimidade como uma simples relação de amor. Mas intimidade é muito mais que isso, envolve um mundo a dois, requer muita sabedoria, antes de tudo. Intimidade é ler os olhos, os lábios e as mãos de quem está com a gente. Mais do que compartilhar um endereço, é repartir um projeto de vida. Não basta estar disponível, não basta apoiar decisões, acompanhar aos lugares. Intimidade é não precisar ser acionado, intimidade é saber ser dois, viver a dois, dar e receber, sem cobranças. A intimidade deve ser, antes de tudo, um ato do coração.
A cumplicidade envolve escolhas e responsabilidades e o risco é inerente. Onde há risco não existe uma sensação plena de conforto. Por estas razões ao invés de investir ou cair na armadilha de uma intimidade sem limites, é recomendável investir na construção da cumplicidade, por meio da própria intimidade.
A cumplicidade verdadeira nada mais é do que o amadurecimento da intimidade com compromisso de felicidade. É a transformação de um sonho único em um projeto a dois. Isso é a cumplicidade verdadeira, onde o crescimento de um é compartilhado pelo outro. Nada de individualismo. É sonho e vida ea dois.
A intimidade cúmplice garante a autonomia para opinar, orientar e participar de forma sincera das escolhas do outro. E quando se fala em autonomia a responsabilidade surge automaticamente para ambos partilharem fracassos e glórias, de mãos dadas, olhos nos olhos, dedos entrelaçados.
Intimidade e cumplicidade, numa relação, envolve as ideias, desejos, sonhos de um, do outro ou de ambos e das responsabilidades que estas realizações trazem. Portanto, cabe a cada parte do casal contribuir, orientar, partilhar, ensinar, tornar realidade, discutir problemas, achar soluções que não firam o amor, a individualidade de um e do outro. Portante, para se alcançar cumplicidade é necessário acumular intimidade.
Liberdade, Intimidade e Cumplicidade são palavras-rima que ressonam como letras unidas para compor a sequência que resulta em AMAR verdadeiramente! Assim, Intimidade é quando nossos limites se relaxam e tocam a fronteira de outra pessoa.
Criar a Cumplicidade é permitir e abrir-se à Intimidade, tocando apenas de leve os limites do outro sem cruzar as barreiras da Liberdade. Isso permite à pessoa estar inteira dentro de um relacionamento onde há espaço para o AMOR crescer. Somente assim acontece a tão sonhada Cumplicidade que eterniza o AMOR!
DICAS DE GRAMÁTICA
PASSÍVEL e POSSÍVEL
Possível é o que pode se ou acontecer, que tem a possibilidades de.
Passível tanto significa “sujeito ou suscetível a experimentar sensações e emoções, a ser objeto de certas ações” quanto “sujeito a penas ou sanções”, como multa etc.
Nada é possível fora da lei.
Na condição de mães, somos passíveis de saudade e sofrimento.
Meu amigo fez concurso para fiscal da receita, mesmo sabendo que nesse cargo ele fica passível de remoção.
O desacato à autoridade é passível de altas penalidades.
2 comentários:
Excelente discussão, todo casal deve ler. Infelizmente, vemos hoje uma quantidade cada vez maior de casamentos destruídos. É claro que existem várias razões para isso, mas uma delas é pelo fato de que tanto os homens como as mulheres perderam de vista o seu papel dentro do relacionamento. São egoístas, não sabem que a intimidade requer, antes de tudo, cumplicidade. Tudo com liberdade e respeito. Amei o texto, Doutora Luisa Lessa
Ana Maria Magalões - MG
[E isso mesmo, também entendo que intimidade não é fazer amor. É ir além do cotidino, ter a sabedoria de viver a dois em plenitude.
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