Na escola aprendemos que o amor é
um sentimento abstrato, que não podemos pegar, apalpar, só sentir, vivenciar. A
palavra amor tem sua origem no latim, amor, tal como conhecemos, e na língua
portuguesa assume muitos outros significados, podendo ser um sinal de:
compaixão, afeição, atração física que pode convergir em paixão ou um bem
querer. Também ganha o significado de misericórdia, desejo sexual. Também pode
ser entendido como no sentido familiar, amor de pai, amor de mãe, entre irmãos.
Amor em latim tem mais duas variações que recebem o mesmo significado, dilectio e charitas. Uma palavra tão pequenina, mas tão rica e com tantos
desdobramentos, é isso que ele significa, uma amplitude maior do que não
podemos mensurar.
Os gregos também tinham palavras
para definir amor: Eros, o amor expresso em uma forma física; Pragma, aquele que procura o lado
prático da coisa, simbolizado por aquela pessoa que só entra em um relacionamento
se tiver certeza que vai conseguir algum objetivo prático; Philia, cujo significado é generosidade, altruísmo, o contrário de pragma, aquele que pensa antes no outro.
Robert Stenberg (1998), psicólogo
norte-americano, formulou uma teoria triangular do amor, a qual engloba três
componentes distintos: a intimidade, a paixão e o compromisso. No que toca à
intimidade, de caráter mais emocional, estamos diante de uma relação de
confiança mútua que inclui a proteção e a necessidade de estarmos perto do outro.
É através da intimidade que duas pessoas compartilham as suas experiências
pessoais e o que mais íntimo há de si. A paixão, que se baseia essencialmente
na atração sexual, envolve um sentimento irreprimível de estar com o outro. Por
sua vez, o compromisso é a expectativa de que o relacionamento dure para
sempre, numa intenção de comprometimento mútuo.
Na Psicologia, o amor é definido
como sendo não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado
psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, ao contrário do gostar, o
amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo
sexual e uma preocupação intensa.
Mais tarde, professores de psicologia da Texas Tech University Susan Hendrick e Clyde Hendrick criaram a Escala de Atitudes Amorosas, a partir dos seis tipos de amor classificados por Alan John Lee os pesquisadores observaram as relações interpessoais correlacionadas.
Mais tarde, professores de psicologia da Texas Tech University Susan Hendrick e Clyde Hendrick criaram a Escala de Atitudes Amorosas, a partir dos seis tipos de amor classificados por Alan John Lee os pesquisadores observaram as relações interpessoais correlacionadas.
Ágape: o altruísmo em forma de
amor, esse é verdadeiramente espiritual, sem necessidade de ser retribuído,
existe para ajudar o próximo.
Psique: um sentimento superior, quase espiritual, fundamentado na mente e nos sentimentos filosóficos.
Psique: um sentimento superior, quase espiritual, fundamentado na mente e nos sentimentos filosóficos.
Ludus: um jogo, jogo onde só pode
haver um vencedor ou que brinca com os sentimentos da pessoa amada.
Eros: o mais próximo do que
conhecemos por paixão, fundamentado na beleza física, nas aparências.
Storge: o amor que surge com o
tempo, muitas vezes se inicia por uma amizade que vai amadurecendo, com
sentimentos e gostos semelhantes.
Pragma: um amor mais egoísta, pragmático que surge geralmente com um objetivo, com uma necessidade que beneficia apenas uma pessoa.
Mania: onde a emoção fala mais forte, muito instável e se aproxima do sentimento de paixão que pode evoluir para um ciúme doentio e sentimento de posse.
Pragma: um amor mais egoísta, pragmático que surge geralmente com um objetivo, com uma necessidade que beneficia apenas uma pessoa.
Mania: onde a emoção fala mais forte, muito instável e se aproxima do sentimento de paixão que pode evoluir para um ciúme doentio e sentimento de posse.
Psicologismos à parte, o que
será, entre nós, sabedores do senso-comum, o amor? Será uma mistura entre
loucura e paixão, sentimentos que centralizam o nosso pensamento única e
exclusivamente na pessoa que amamos? Ou será um sentimento de desejo
incontrolável que nos torna incessantemente ansiosos por estar com o outro,
numa troca recíproca de carinho, afeto, confidências, palavras e olhares? De
fato, o amor pode ser uma conjugação de todos estes aspectos, em que nenhum é
dispensável, mas todos são imprescindíveis.
Numa tentativa de simplificar a
definição de Amor, os psicólogos sociais recorreram à definição de seis
diferentes formas de amar. São elas seis: 1) o amor romântico – envolve paixão,
unidade e atração sexual mais usual na adolescência; 2) o amor possessivo –
determinado pelo ciúme, provocando emoções extremas; 3) o cooperativo – nasce
de uma amizade anterior, sendo alimentado por hábitos e interesses comuns; 4) o
amor pragmático – característico de pessoas ensinadas a reprimir os seus
sentimentos, o mais possível, sendo estas relações desprovidas de qualquer
manifestação de carinho; 5) o lúdico – baseia-se na conquista e na procura de
emoções passageiras; 6) o amor altruísta – praticado por pessoas dispostas a
anular-se perante o outro, tendendo a “isolar-se num mundo onde, na sua
imaginação, só cabem os dois ainda que o outro pense e atue exatamente ao
contrário”.
Há quem defenda que o amor é uma
história construída ao longo da vida que, no correr do tempo, transpõe a mera
atração física, passando para uma preocupação com o bem-estar do outro para o
seu próprio bem-estar. Manifesta-se numa influência mútua, no qual a (in)
felicidade de um causa a (in) felicidade do outro. A paixão e o desejo tendem a
não ser tão intensos, fortalecendo-se antes a cumplicidade, a intimidade e o
companheirismo.
Vejo, por meio de tantas
leituras, que nenhum amor é eterno. Isso significa que se Shakespeare, Vinicius
de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Camões, não fizeram poemas com juras
eternas, nem amores eternos, quem criou essa coisa de “para sempre” fomos nós
humanos. Nenhum amor é eterno, por isso mesmo a pessoa tem que aproveitar todos
como se fossem, porque cada amor é único, tem que ser vivido da forma mais
intensa possível, todos os dias tem que ser guardado na memória como um
sentimento sublime.
DICAS DE GRAMÁTICA
Uso de “MAU” ou “MAL”
MAU é o oposto de “bom”, como no exemplo: “Eu sou mau. Vou para o inferno”
MAL é o oposto de “bem”, como no exemplo: “Ele fala muito mal“. Ele não fala bem.
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