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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÂO DOS FILHOS



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Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Mas, aqui neste texto, ressaltamos a importância e o dever da família no desenvolvimento da juventude, como o primeiro ambiente socializador, sempre foi e será essencial no desenvolvimento e na maturidade biopsicossocial. Nessa perspectiva, estudiosos apontam algumas funções essenciais que podem ser agrupadas em três categorias: biológica, psicológica e social.
Inicialmente, afirmamos que da família tem à responsabilidade de garantir a sobrevivência da espécie humana, como função psicobiológica, ao oferecer os cuidados necessários para que a criança cresça de modo saudável e adequado. Naquilo que se refere às funções psicológicas, apontamos quatro funções ou deveres básicos da família: a) proporcionar afeto à criança -- elemento essencial que garante a sobrevivência emocional dela; b) oferecer condições amparo e amor para superar as angústias existenciais durante o processo de desenvolvimento; c) fornecer o aprendizado adequado para a inclusão da criança no ambiente; d) trabalhar o desenvolvimento social e cognitivo para uma perfeita convivência grupal.
Segundo o estudioso Romanelli (1997), o ambiente familiar permite a expressão do amor e da amizade, em que estão inseridos relacionamentos íntimos e demonstração das emoções e dos sentimentos. Portanto, podemos dizer que é no interior da família que a criança cultiva os primeiros relacionamentos interpessoais, com pessoas significativas, produzindo os afetos que, por sua vez, funcionam como uma base afetiva importante quando ela alcance a maturidade. Essas trocas emocionais estabelecidas, ao longo da vida, são fundamentais para o desenvolvimento das pessoas, enquanto aquisição de condições físicas e mentais centrais para cada etapa da vida psíquica.
Outro lado importante é a função social familiar, como um centro da comunicação cultural ou da transmissão de sentido da sociedade aos seus membros. Também, na preparação deles para o aprendizado da cidadania.  No meio social, sempre é possível notar quando o processo de transmissão de sentido causa conflitos na formação da subjetividade, quando há desordens internas e a discrepância entre o "ser" e o "dever" se manifesta de tal modo a causar sofrimento.
Sabemos que a crise vivida na adolescência afeta direta ou indiretamente todos os familiares, permitindo repensar e sendo vista como uma fase do ciclo vital familiar que provoca intensas mudanças nas relações, sobretudo entre pais e filhos, como discorrem Pratta e Santos (2007). Isso pais e filhos estão em tempos distintos de transformações: jovens debatem sobre valores e regras familiares, preocupados com questões futuras; os pais estão em um período de rever a problemática profissional, de reflexão e de mudança, até mesmo repensando o futuro.
Todavia, o contexto familiar é também indispensável para a superação das crises pelas quais os jovens estão sujeitos durante todo o desenvolvimento natural da vida. É importante a reflexão sobre as modificações, a aceitação das diferenças e as mudanças pessoais dos membros que a constituem enquanto família. Naturalmente, conflitos e tensões obedecem a aspectos marcantes da vida familiar, dado que a expressão de sentimentos, aspirações e afetos é vivenciada com mais liberdade nesse âmbito. Para a manutenção da saúde familiar além da capacidade de superação das crises, são necessários qualidade das relações intrafamiliar e laços familiares adequados com a sociedade em que a família está residindo.
Considere-se, ainda, que os jovens normalmente são portadores de diversos conflitos consigo e com a sociedade, numa fase do desenvolvimento, em que há grande demanda de pulsão sexual, de busca pela autonomia e, ao mesmo tempo, necessidade de se sentirem seguros e acolhidos pelos adultos. Quando o comportamento antissocial surge da privação de cuidados, de afeto ou atenção, por parte da sociedade e dos familiares, a delinquência é um pedido de socorro, uma forma radical de ter a atenção da sociedade e dos pais, frente à ausência de referencial na vida.
Nesse entremeio, a estética no meio social jovem é hipervalorizada. Apesar de algumas inibições e timidez os jovens, na maioria, entram pelo caminho bem calculado do desejo íntimo de serem interessantes ou perfeitamente lindos para terem reconhecimento do grupo. Nas festas e baladas noturnas, eles encontram a oportunidade para se auto-afirmarem, embora essa exposição possa representar o ressoar de inseguranças e falta de maturidade - quando encontram sua plenitude ou maturidade, por exemplo, há uma tendência de se distanciarem naturalmente dessa forma de lazer.
A mudança do espaço-tempo é sinalizada na passagem da faixa etária consolidada nos produtos de consumo que rotulam, etiquetam e criam a imagem dos jovens baseados na estética e no poder econômico. No lugar da busca pela identidade estão os ritos que promovem a perda da identidade, ou melhor, a alienação social e cultural do indivíduo enquanto está nas vias de ser um sujeito social.
Com tudo aqui posto, ressalte-se o papel da família numa sociedade. Não são suficientes programas assistenciais, mais urgentes é o respeito e a valorização da família como célula-mater da sociedade. A família constitui o fenômeno que funda a sociedade. No decorrer da evolução histórica permanece como matriz do processo civilizatório, como condição para a humanização e para a socialização das pessoas. A família tem papel fundamental como educadora e formadora da capacidade de simbolização e de atribuir significado às vivências pessoais nos indivíduos que nela se desenvolvem. O ninho familiar é o locus no qual o indivíduo revela suas tendências inatas e absorve do meio os códigos orientadores de seu desenvolvimento.

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A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.