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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

CAMINHO PARA UMA SOCIEDADE HARMONIOSA E RESPEITOSA




E fato conhecido que desde que o ser humano tomou consciência do poder intelectual que desenvolve, ele vem criando, ao longo do tempo, meios e técnicas que facilitem e aprimorem seus conhecimentos, na busca de conhecer-se e conhecer o mundo se expande à sua volta, buscando na escrita, na codificação e decodificação, registrar sua história, adaptando-se aos vários fatores que, paulatinamente, vão se inserindo nessa história humana e modificando-a de forma quase que irreversível.
Deste modo, o que antes era indecifrável, descontextualizado, paradoxal, na atualidade ganha novas perspectivas, mediante o domínio da natureza, dos símbolos, da fala, da escrita/leitura. O ser humano passa a imperar a partir do domínio de todos esses signos naturais, linguísticos, históricos, que passam a se entrelaçar à cultura, à sociedade e à vida da humanidade. Ler e escrever tornou-se algo tão importante que as pessoas que elas não mais desejam permanecer alheias aos acontecimentos da vida, querem registrar fatos do dia-a-dia como uma questão imprescindível para perpetuar a história da espécie humana na terra.
A partir dessa concepção, a educação, que antes era destinada para poucos, para os nobres, ganha novos paradigmas, ampliando-se cada vez mais, com o objetivo de edificar para sempre a inteligência humana. O ato da leitura ganha novos significados, enraíza-se, definitivamente, quer seja através de papiros, panfletos, livros, revistas, jornais, entre outros. O mundo letrado avança e passa a representar grandes progressos para as pessoas, permitindo a absorção de novos conhecimentos, tomada de consciência de seus valores, direitos e deveres, permitindo a sua inserção no mundo ainda mais dinâmico e globalizado.
Nesta altura da vida social, salta aos olhos o papel essencial da família, que deve apresentar situações onde o estudante participe de atos de leitura/escrita, enquanto interlocutor. Todavia, a família de hoje não mais se reveste de valores éticos, morais, sociais e educacionais como outrora. Os hábitos da juventude de hoje os distanciam da educação difundida pela escola. E a escola não pode suprir, nunca, o papel da família. Para agravar esse quadro deficiente, soma-se a ausência de políticas públicas de qualidade, bem como apoio e incentivo à educação, para que ela realmente seja boa e de qualidade.
Considerando a fragilidade nas políticas públicas, a educação começa a caminhar com passos mais lentos e ociosos, falhando onde mais deveria se fazer presente, contribuindo para que os discentes não encontrem nela um pilar de sustentação para a construção de sua própria cidadania, abrindo um abismo imensurável no ensino-aprendizagem. Associado à carência familiar, o discente se depara com uma situação que o deixa desprovido de recursos e motivações para poder prosseguir na própria alfabetização, tornando-o descompromissado com o seu aprender.
Em função disso, a criança passa de uma série para outra com enorme carência linguística, ganhando proporções abismais no tocante à aprendizagem. O que seria construído firmemente, nas fases iniciais de aprendizagem, passa a ser desfragmentado e desmascarado nas séries seguintes, prejudicando em demasia o desenvolvimento cognitivo do aluno.
Na era pós-moderna essa deficiência de aprendizagem vem se tornando motivo de angústias, questionamentos e entraves sociais. Não saber ler e escrever, no mundo atual, é um caos. E, nesse sentido, as escolas procuram desenvolver projetos voltados principalmente para a leitura e a escrita, buscando com isso, minimizar os conflitos que se estendem praticamente em todas as áreas de conhecimento sistemático. Mas é uma investida frustrada, os estudantes não conseguem superar as cicatrizes que carregam da família e da má política educacional. Os remendos não funcionam.
Com esses “projetos salvadores”, o máximo que o governo consegue é gastar recursos sem alcançar metas. Melhor seria investir nos primeiros anos escolares, incutir nos estudantes a necessidade de ler e compreender o mundo e, então, nele habitar em paz e harmonia, enquanto cidadão decente e digno, compreendendo a si e ao outro, respeitando a si e ao outro. Esse é o caminho para uma sociedade harmoniosa e respeitosa.

DICAS DE GRAMÁTICA
COMO EMPREGAR ONDE E AONDE, PROFESSORA?
- ONDE - É empregado para ideia de algo fixo, que não tem movimento. Exemplo: Onde você mora? Onde está localizada a casa da professora?
- AONDE - Acompanha verbos que dão ideia de movimento, de mudança. Exemplo: Aonde você foi nesta noite? Aonde vão aquelas moças tão bonitas?
COMO USAR DENTRE ou  ENTRE, PROFESSORA?
ENTRE - É utilizado nos casos em que o verbo não exige a preposição de, como no exemplo: Entre as pessoas desta sala, tenho mais chance de passar no ENEM.
DENTRE -  Significa “no meio de” e é fruto da união das preposições de + entre. Mas para que esta união ocorra, o verbo precisa exigir a preposição de. Veja exemplos:
Ele ressurgiu dentre as pessoas. (quem ressurge, ressurge de algum lugar. Neste caso, de onde? De entre as pessoas, ou do meio das pessoas);
Os músicos saíram dentre as primeiras filas. (quem sai, sai de algum lugar. De onde? Do meio das primeiras filas).

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A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.