Verdade incontestável é
que a internet proporciona inúmeras formas de comunicação entre os seres
humanos, em todo o mundo. É possível, com apenas um clique, interagir com
pessoas de todo o planeta, a qualquer momento. A distância, no ciber espaço da
internet não existe, as pessoas ficaram próximas e realizam a comunicação por
meio de redes sociais como Facebook, Twitter, Messenger, WhatsApp e muitos
outros meios que ainda irão aparecer. Quando se fala em internet é tudo muito
rápido e também perigoso. Toda atenção ainda é pouco. Há muita gente
disfarçada, com cara ou sem cara, na tentativa de enganar, iludir os outros.
Atualmente, com a
popularização e a democratização ao acesso nas redes sociais, toda a sociedade,
de diversos países, organiza-se por meio da internet. Isso porque as redes
sociais que antes eram apenas meios de entretenimento e diversão, hoje ganham
força para protestos, coberturas de conflitos, guerras, política, assuntos
polêmicos, conflitos étnicos, manifestações, encontros sociais e amorosos,
relacionamento e informação de todo tipo. É um espaço aberto e democrático para
pobres e ricos. A Internet não faz nenhum tipo de discriminação com ninguém.
Sendo assim, a internet
é um território livre para todas as pessoas exporem suas ideias, suas opiniões
e seus comentários sobre qualquer assunto. Todavia, é espaço que requer
atenção, cuidado, pois é um veículo que pode ser perigoso e usado também contra
pesoas, ou seja, prejudicando a imagem, a idoneidade. Não se deve prejudicar a
imagem de ninguém ou levantar suspeitas sobre qualquer pessoa. Aí também muitos
crimes são cometidos.
Contudo, a nossa vida
está estreitamente ligada, cada dia mais, nesse mundo tecnológico, onde as
redes sociais têm um papel importantíssimo, principalmente o Facebook e o
WhatsApp, porque eles influenciam o nosso dia a dia, tanto de forma positiva
quanto negativa. Mas quais são essas influências? De igual modo, do jeito que
provocam espontaneidade nas pessoas, afetividade (nas trocas amorosas), esses
recursos também fazem as pessoas mais frias e menos sentimentais. Dizem-se
coisas aos outros sem medir os sentimentos, os desapontamentos, tais como as
expressões de censuras, as indiretas maldosas, os textos vazados de despeita ou
inveja. Também se dizem inverdades, tais como: você está belíssima,
encantadora, sedutora, jovem, exuberante etc, quando a pessoa que recebe o
elogia não possui nenhum desses traços. Enfim, é um mundo de verdades e
mentiras. É um jogo de agradar e desagradar. Enquanto tanta gente elogia há
àquelas pessoas de “olho grande”, a tecer palavras maldosas. As redes sociais
expõem intimidades, isso é ruim.
Mas é inegável que as
redes sociais podem aproximar as pessoas, podem ajudar a divulgar o trabalho de
alguém, podem ser uma imensurável fonte de troca de conhecimento, podem
mobilizar milhares de pessoas para buscar mudanças em prol do bem comum.
Todavia, podem trabalhar pra o mal quando se tornam uma válvula de escape para
os desgostos e frustrações da vida de alguém. De fato, muita gente quer
simplesmente descarregar tudo o que sente, até aquilo que come e sonha. Com
isso passam a ter vida dupla, uma real e a outra virtual. Nesta última a pessoa
se perde consigo mesma, já não sabe os sentimentos reais e verdadeiros; os
amigos reais e verdadeiros.
Em uma pesquisa
realizada pela Universidade de Maryland, nos EUA, em 2013, eles deixaram mil
estudantes universitários, de 37 países, sem acesso a internet, e outros meios
de comunicação, durante 24 horas. Ao fim deste período de tempo cerca de 20%
dos estudantes demonstraram uma espécie de síndrome de abstinência tecnológica,
e descreveram alguns sentimentos que sentiram como 'desespero', 'vazio' e
'ansiedade', respostas parecidas com as de uma pesquisa feita há pouco tempo
pela empresa tecnológica TeleNav, também nos EUA. Ou seja, a Internet já se
tornou nociva e viciante, igualmente uma droga. Ficar sem energia elétrica é
ruim; sem Internet é desesperador. Sem Internet, hoje, o mundo fica paralisado.
Também a Internet
motiva pessoas a criarem aparências falsas, quando permite criar perfis como
cada um deseja ser ou como se acha ser. O fato é que todas essas facilidades
têm propiciado comunicação e relações cada dia mais superficiais e vagas. As
interações reais, as conversas “olho no olho”, são, a cada dia, menos comuns;
enquanto a solidão, o egocentrismo, a carência, o narcisismo, o individualismo
são crescentes, o que nos faz questionar se tais avanços tecnológicos são
realmente uma evolução. Talvez sim, pois depende do uso que fazemos; mas
claramente têm nos trazido inúmeros prejuízos. Poderiam ser citados muitos como
a falta de segurança e privacidade, os perfiz falsos, o furto de imagens (Vi um
perfil no Facebook com uma foto minha) a vulgarização do bullying, a pedofilia,
a pornografia, o excesso de marketing, a disseminação de informações inúteis
com as quais somos bombardeados todos os dias, a desvalorização da língua
portuguesa (fato gravíssimo), a falta de incentivo ao estudo e à leitura,
dentre tantos outros. Poder-se-ia citar todos estes problemas, mas a intenção
do texto é demonstrar a mecanização das pessoas, fato que prece o pior de
todos, alavancado pelas redes sociais.
A banalização dos sentimentos
através de felicitações frias de aniversário; amizades supérfluas que terminam
por causa de comentários que expressam opiniões diferentes; “curtidas”;
repetidas frases de autoajuda; redes de orações; declarações exaltadas de amor
com emoticons de carinhas sorrindo e corações. Tudo isto e muito mais são
coisas tristes de se ver, pois nos impede de mostrar, plenamente, aquilo que
existe de mais belo na natureza humana: os sentimentos.
Assim, pensamos que as
tecnologias podem sim ser muito úteis para a humanidade (já o foram bastante),
mas cabe a cada pessoa saber como usá-las, sem que se prejudiquem. Afinal, as
tecnologias são para nós as utilizarmos ou para elas nos utilizarem? Nós
necessitamos de um aperto de mão, um abraço apertado, palavras de carinho ditas
ao ouvido, enfim, beijos e carícias. Isso a tecnologia nunca poderá nos
oferecer.
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