Desde o dia primeiro de janeiro de 2009 entrou em vigor a unificação da língua portuguesas nos países que falam português. Ou seja, passou a vigorar o acordo Ortográfico no mundo lusófono. Muitas regras gramaticais que eram comuns para os brasileiros deixam de existir. Aqui, neste texto, trazemos algumas das modificações ocorridas e que o povo que fala português deve internalizar, aprender, para errar menos ao escrever. No dia 31 de dezembro de 2012 a ortografia antiga deixa de ser usada. Então, vamos assimilar as mudanças.
1 - Fim do trema
O acento é totalmente eliminado. Assim, a palavra freqüente passa a ser escrita frequente. Só nomes estrangeiros como Müller manterão o trema.
Eliminação de acentos em ditongos
Acaba-se o acento nos ditongos “ei” paroxítonas. Assim, idéia vira ideia.
O acento circunflexo quando dois “os” ficam juntos também some. Assim, vôo vira voo.
2 - Cai o acento diferencial
Aquele acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Assim, pára do verbo parar vai ficar apenas para. O acento diferencial permanecerá nos seguintes casos:
* pode (como presente do indicativo) e pôde (no pretérito)
* por (preposição) e pôr (verbo)
* A terceira pessoa do plural de ter e vir permanece com acento, assim como suas variações. Eles têm, eles intervêm.
3 - Mudanças nos hifens
Sai a maioria dos hifens em palavras compostas. Assim pára-quedas vira paraquedas. Quanto houver necessidade será dobrada a consoante. Assim contra-regra vira contrarregra. Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h como pré-história.
Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra seguinte são a mesma, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas. As palavras que têm os prefixos ex, sem, além,aquém, recém, pós, pré e pró ficam com o hífem. Portanto, será escrito como antes: ex-presidente, sem-terra, recém-nascido e pós-graduação. Assim como as palavras com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Quem escrevia jacaré-açu vai continuar escrevendo jacaré-açu.
4 - Inclusão de letras
As letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras;
5 - Fim das letras mudas
Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como facto para falar fato. Essas letras somem com a reforma.
6 - Dupla acentuação
Há algumas diferenças de acentuação entre o Brasil e Portugal principalmente quando se fala do acento circunflexo e agudo. Assim, os brasileiros escrevem econômico e os portugueses, económico. Essa diferença foi mantida.
Numa sociedade como a brasileira, marcada desde suas origens por uma divisão social profunda entre uma minoria privilegiada e uma imensa maioria marginalizada, a língua sempre foi um símbolo importante para as elites dominantes. “Saber português” é uma condição tida como sine qua non para que alguém se incorpore ao círculo dos que podem.
DICAS DE GRAMÁTICA
VIVE "ÀS CUSTAS" DO PAI ou VIVE À CUSTA DO PAI?
- O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.
NÃO VIU QUARQUER RISCO ou NÃO VIU NENHUM RISCO?
- Segunda a gramática a frase correta é “Não viu nenhum risco”. Depois de negativas só se emprega “nenhum” e nunca “qualquer”. Assim, diz-se: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.
QUEBROU O ÓCULOS ou QUEBROU OS ÓSCULOS?
A Concordância, nesse caso, faz-se no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
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