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domingo, 8 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO E ÉTICA SÃO A SALVAÇÃO DO MUNDO

 

Embora educação e a ética estejam relacionadas desde a Antiguidade, observa-se um distanciamento entre a teoria e a prática neste mundo contemporâneo. Pois ao tempo em que as pessoas reconhecem ser a educação o motor do mundo, o governo não valoriza os profissionais de educação e as verbas para esse fim são ínfimas. Falam-se de novos investimentos, mas no real as instituições públicas, de ensino, estão sucateadas.

E nesse mundo onde a ética deve vir em primeiro plano, no sistema educacional do Brasil, por exemplo, não há diretor, nem orientador ou professor que não se digam comprometidos com a relevância da ética para o agir educativo. Mesmo assim, ao primeiro olhar sobre a estrutura curricular e o quotidiano escolar, constata-se que a ética ocupa um lugar muito singelo, muitas vezes só um pequeno recorte disciplinar ou, quando muito, a uma atividade transversal no ambiente das escolas. É preciso ir além. A vida sem ética é um campo minado que pode explodir, afundar a qualquer momento.

Observa-se, no país, na raiz desse aparente e real desinteresse, uma questão urgente concreta, que merece resposta na mesma proporção: o que pode ou deve a escola fazer, em termos de educação ética? E, mais, nesse contexto de sociedade dita “democrática e pluralista’, que não dispõe de valores onde haja consenso por parte das políticas públicas, das grades curriculares, capazes de inculcar nos jovens valores ou formas de comportamento que os conduza a um futuro mais seguro e melhor? O que faz o Brasil pela valorização da ética como conduta de vida? Ética se aprende aonde?

Parece, nesse cenário frio, onde a sociedade multicultural ainda não está fortalecida ou consciente da importância da mobilidade social, nessa era de globalização, as coisas estão a ir embora pelo “ralo do descaso”, da “enganação”. Se diz que vão fazer, mas não fazem, iludem a população. Deve-se olhar que o mundo mudou, logo a política educacional deve mudar, avançar, multiplicar seus valores e visões, que irão se refletir no ser humano, que deve ser, SEMPRE, o centro do Universo.

Mas o que se avista é um alheamento, uma disparidade entre o ensino, a educação e a ética. Não são, somente, diferenças macro, como são entre primeiro e terceiro mundo. Há diferenças microculturais existentes no interior das comunidade, entre os vários grupos sociais, culturais e étnicos, todos a exigir, de forma diferenciada, educação e ética. A escola é o ambiente sagrado, sacrossanto, onde as famílias devem deixar seus filhos em segurança, para que possam trabalhar e ajudar a escola a Educar o Mundo. Os professores, sozinhos, não vão “salvar” os jovens. Os profissionais necessitam de motivação, preparo e bons salários.

Nesse contexto, entendo que a escola atual encontra-se diante de um desafio de difícil solução: como aproximar a educação das necessidades sociais e do mundo ético? Como despertar nas autoridades o dever de fazer cumprir os preceitos constitucionais? Como fazer nascer no seio da sociedade a consciência de que sem educação e ética o mundo caminha para o caos? É urgente valorizar a Educação, o Educador, o jovem educando.

Tanto essa questão é premente que, no mundo moderno, essa noção de VALOR é retomada por Thomas Hobbes (1588-1679), que diz o seguinte: “ o valor não é absoluto, mas depende da necessidade de um juízo”. Valor, portanto, é aquilo que é estimado como tal, através de um juízo, por um grupo de pessoas que constitui a sociedade. E enquanto a Educação não for considerada “valor”, a sociedade não irá recebê-la com qualidade.

E para implantar esse sonhado sistema educacional de valor ético, a natureza humana deve se submeter a regras de disciplina, cultivo do saber, respeito às pessoas, valor à vida, moralização dela. Todavia, esses papéis não podem ser desempenhados somente pelo professor. Deve haver compromisso político do governo, com a participação de toda sociedade. Assim, todos devem saber que o professor transmite informações e o educador educa para a vida.

Acredita-se que “O bom professor”, deve estar, ele mesmo, comprometido com a ideia de liberdade, a qual é ao mesmo tempo o objetivo de sua atividade educativa, na medida em que almeja transformar o educando num cidadão esclarecido, maduro, autônomo, capaz de se autodeterminar, bem como responder por seus atos.

Do ponto de vista educacional, isto significa que o professor deve levar os seus alunos a refletir sobre quais são os valores com os quais podem sentir-se comprometidos e responsáveis. A tarefa educativa fica reduzida ao estímulo da reflexão pessoal e do esclarecimento e orientação aos alunos. Cada indivíduo é responsável pela construção de sua própria vida. E, naquilo que diz respeito aos valores de ordem pública e social, serão as contribuições científicas e técnicas que irão decidir o futuro da nação, dos jovens, da educação de qualidade. Avança, Brasil!

DICAS DE GRAMÁTICA

Diferença entre “onde” e “aonde”

Onde = que lugar, em que lugar, qual lugar. Indica permanência, uma ideia estática, o local em que se encontra ou ocorre algo. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam estado ou permanência.

Exemplos:

Onde você está?

De onde você está teclando?

Não sei onde ele estava e nem perguntei.

Afinal, onde você mora?

Aonde = a que lugar, para onde. É a junção da preposição “a” + onde. Dá a ideia de deslocação. Vem normalmente acompanhado de verbos que indicam movimento como ir, chegar, retornar, voltar e outros.

Exemplos:

Aonde você vai a essa hora?

Aonde nos levará esse avião?

José ficou perdido, simplesmente não sabia aonde ir.

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A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.