A linguagem é o solo da cultura assim como o ser da pessoa é o seu dever-ser. A linguagem torna o ser humano capaz de realizar-se como pode e como deve fazê-lo. Essa compreensão humana, em seu dever-ser, por meio da linguagem, justifica o título deste blog.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
CRIAÇÃO
domingo, 22 de novembro de 2009
VILA FLOR
BLUME
A Palavra BLUME ainda não está registrada.No dicionário e na enciclopédia se encontra a palavra "BLUME" bem explicada.Para muitas pessoas a PALAVRA BLUME tem um significado especial. Mas o que significa essa palavra para você, caro leitor?Gostaria muito que você participasse desse blog. Dê um significado para a palavra BLUME. Obrigada!
A BELEZA DA VIDA
MAGIA DA NATUREZA
SONHAR TAMBÉM É REALIZAR
OS ENCANTOS DA VIDA
A vida deu a cada um de nós diversos encantos
O encanto de aceitar as diferenças... O encanto de poder compartilhar... ...de amar e ser amado ... de perdoar e ser perdoado...e principalmente, o encanto de sempre poder contar com pessoas especiais... Mantenha seus pensamentos positivos, porque pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.
domingo, 15 de novembro de 2009
Natureza e Eu
NATUREZA
EDUCAÇÃO: A MAIOR PRIORIDADE NO MUNDO ATUAL
Vive-se num mundo onde se faz necessário, a cada dia, pessoas mais bem educadas. Contudo, os investimentos em educação não se voltam para cobrir essa necessidade. As verbas destinadas à educação ainda são minúsculas ante a grandeza do seu significado. Depois, os educadores são aviltados pelos baixos salários que não lhes permitem, sequer, comprar livros. Nesse cenário de desprestígio, professor pode até ser surrado, em sala de aula, como aconteceu, recentemente, aqui em Rio Branco. Daí surge a pergunta: para que serve a educação? O questionamento não é para atacar ou subestimar o papel da educação para a formação das pessoas. Pelo contrário, é para valorizar esse setor tão carente. A educação deve ser a alavanca central do desenvolvimento, não só no sentido de maximização de recursos financeiros, mas como algo capaz de estimular as potencialidades das pessoas.
É um cansaço observar que para muitos governos o que importa em educação não é propriamente a qualidade ou a sua relevância para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. É mais importante atender a interesses transitórios, ao invés de colocar recursos em projetos de longo prazo, que não geram dividendos políticos imediatos e não dão visibilidade para votos eleitorais. Não há convicção quanto ao valor estratégico dos investimentos em educação. Para muitos, dinheiro bem aplicado é o do pagamento das dívidas externa e interna, ou na construção de grandes obras como pontes, viadutos, estradas. Porém, essa lógica do atraso, a cada dia que passa, fragiliza-se diante de evidências e fatos que indicam o contrário.
Um estudo realizado pela UNESCO mostra uma relação positiva entre anos de escolaridade e taxa de crescimento de um país. Aponta que investimentos em capital humano, além de terem uma taxa de retorno privada elevada (entre 5% e 15% para cada ano adicional de escolaridade), têm, também, uma taxa de retorno social elevada, que pode atingir de três a quatro vezes as taxas de retorno privadas. Se a taxa de retorno social é mais elevada, o investimento público, em educação, está não apenas justificado, como também se eleva à condição de investimento prioritário, diante da situação social e educacional do país.
Portanto, a educação não é queima de dinheiro. É queima de ignorância. Cabe à UNESCO, como organização especializada das Nações Unidas, nas áreas de educação, ciência, cultura e comunicação, lembrar e insistir sempre: a educação se paga quando suas verbas são bem utilizadas. A educação dá frutos, não na safra do próximo outono, mas ao longo de muito tempo, abrindo os caminhos para os países saírem da pobreza e da periferia. Sem essa visão estadista não será possível romper o círculo que perpetua o atraso e a miséria humana.
Um dos principais pontos que diferencia um país desenvolvido, de primeiro mundo, de um país subdesenvolvido, de terceiro mundo, é o histórico de investimentos realizados em educação e em cultura. Esses investimentos são à base de toda e qualquer sociedade que espera obter sucesso no futuro. Por isso, os países europeus têm um índice de desenvolvimento humano muito maior do que se tem na América Latina. Isso resulta do investimento maciço que a Europa fez, no passado, em cultura e educação. Explica-se porque a Europa é considerada o berço das artes.
Conclui-se dizendo que o compromisso com a Educação é dever de todos, governo, políticos, educadores, sociedade. Esse conjunto irmanado poderá tirar o país do atraso em que está mergulhado, salvar a juventude atual que pouco respeito possui aos valores educacionais. Poderá, também, operar o milagre de salvar milhares de jovens da marginalidade. Educar pessoas é garantir o futuro da nação. Assim, se os planos são para um ano, cultivem-se arroz; se são para dez anos, cultivem-se árvores. Mas se os planos são para a vida de pessoas, daqui a cem anos, cultive-se educação.
O QUE É A LINGUAGEM?
Desde logo os estudiosos perceberam que a linguagem necessita, sobretudo, de palavras.A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o que sente, registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o ingresso do homem na cultura, construindo-o como sujeito capaz de produzir transformações nunca antes imaginadas.
Apesar da evidente importância do raciocínio lógico-matemático e dos sistemas de símbolos, a linguagem, tanto na forma verbal, como em outras maneiras de comunicação, permanece como meio ideal para transmitir conceitos e sentimentos, além de fornecer elementos para lançar, explicar e expandir novas aquisições de conhecimento.
Mas o que é a linguagem? A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a comunicação entre pessoas e para a expressão de idéias, valores e sentimentos. Embora tão simples, a definição de linguagem diz muitas coisas. A definição afirma que:
1. A linguagem é um sistema, isto é, uma totalidade estruturada, com princípios e leis próprios, sistema esse que pode ser conhecido;
2. A linguagem é um sistema de sinais ou de signos, isto é, os elementos que formam a totalidade lingüística são um tipo especial de objetos, os signos, ou objetos que indicam outros, designam outros ou representam outros. Por exemplo, a fumaça é um signo ou sinal de fogo, a cicatriz é signo ou sinal de uma ferida, manchas na pele de um determinado formato, tamanho e cor são signos de sarampo ou de catapora, etc. No caso da linguagem, os signos são palavras e os componentes das palavras (sons ou letras);
3. A linguagem indica coisas, isto é, os signos lingüísticos (as palavras) possuem uma função indicativa ou denotativa, pois como que apontam para as coisas que significam;
4. A linguagem tem uma função comunicativa, isto é, por meio das palavras entramos em relação com os outros, dialogamos, argumentamos, persuadimos, relatamos, discutimos, amamos e odiamos, ensinamos e aprendemos, etc.;
5. A linguagem exprime pensamentos, sentimentos e valores, isto é, possui uma função de conhecimento e de expressão, sendo neste caso conotativa, ou seja, uma mesma palavra pode exprimir sentidos ou significados diferentes, dependendo do sujeito que a emprega, do sujeito que a ouve e lê, das condições ou circunstâncias em que foi empregada ou do contexto em que é usada. Assim, por exemplo, a palavra água, se for usada por um professor numa aula de química, conotará o elemento químico que corresponde à fórmula H2O; se for empregada por um poeta, pode conotar rios, chuvas, lágrimas, mar, líquido, pureza, etc.; se for empregada por uma criança que chora pode estar indicando uma carência ou necessidade como a sede. A definição nos diz, portanto, que a linguagem é um sistema de sinais com função indicativa, comunicativa, expressiva e conotativa.
Reduzir o papel da linguagem às funções externas da comunicação é ter uma visão muito limitada, insuficiente e incorreta. É na linguagem, ou melhor, na articulação das palavras/conceitos em proposições/juízos, coerentemente conduzidos, que tem lugar o pensar. O pensamento é o discorrer da razão na própria linguagem verbal articulada.
Geografia da Língua Portuguesa: viagem das palavras
Bicha – em Angola designa o homossexual. Em Portugal diz-se
Barona – Em Angola significa
Chana – em Angola significa
Contratado – eufemismo que substituiu o termo escravo, no trabalho compelido a que os africanos nativos estavam sujeitos nas roças e fazendas, durante a época colonial do Estado Novo (regime Salazarista) português. No Brasil, chegou o “escravo”.Comboio mala – designação do comboio (trem) que transportava as malas do correio. Permaneceu em Portugal
Semba - palavra que significa "umbigada". O <<>>, dança praticada em Luanda, deu origem ao samba brasileiro. Em vários momentos da dança os pares trocavam umbigadas. Trazida para o Brasil, por escravos oriundos de Angola, modificou-se e mudou de nome. Kizomba ou "Quizomba", palavra que foi usada no tema de carnaval da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro em 1988, é um tipo de música e dança angolana. Usa-se, no Brasil, a palavra
Pirão ou funji - comida tradicional angolana. É uma espécie de papa, preparada com fubá ou farinha e, com este sentido, é palavra também empregada no Brasil. Aqui criou-se o ditado "Farinha pouca, meu pirão primeiro", significando que, em épocas de dificuldades, busca-se primeiro satisfazer a si próprio e depois aos outros. Moleque – palavra originária do quimbundo "mu'leke" = menino. No Brasil, assumiu, no correr do tempo, inúmeros significados, carinhosos ou pejorativos, conforme o emprego. Pode ser uma forma de tratar qualquer menino, independente da cor da pele ser branca ou negra, não necessariamente pejorativa. Pode, ainda, significar um indivíduo brincalhão, engraçado. Ou, ainda, se esbravejada contra um adulto, em tom de discussão,
Os exemplos apenas ilustram a viagem das palavras de uma região para outra, dentro de uma mesma língua. É tema curioso, fascinante, que merece estudo acurado para mostrar que as palavras são fotografias da vida do homem no espaço físico-social.
Geografia da Língua Portuguesa: viagem das palavras
Bicha – em Angola designa o homossexual. Em Portugal diz-se
Barona – Em Angola significa
Chana – em Angola significa
Contratado – eufemismo que substituiu o termo escravo, no trabalho compelido a que os africanos nativos estavam sujeitos nas roças e fazendas, durante a época colonial do Estado Novo (regime Salazarista) português. No Brasil, chegou o “escravo”.Comboio mala – designação do comboio (trem) que transportava as malas do correio. Permaneceu em Portugal
Semba - palavra que significa "umbigada". O <<>>, dança praticada em Luanda, deu origem ao samba brasileiro. Em vários momentos da dança os pares trocavam umbigadas. Trazida para o Brasil, por escravos oriundos de Angola, modificou-se e mudou de nome. Kizomba ou "Quizomba", palavra que foi usada no tema de carnaval da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro em 1988, é um tipo de música e dança angolana. Usa-se, no Brasil, a palavra
Pirão ou funji - comida tradicional angolana. É uma espécie de papa, preparada com fubá ou farinha e, com este sentido, é palavra também empregada no Brasil. Aqui criou-se o ditado "Farinha pouca, meu pirão primeiro", significando que, em épocas de dificuldades, busca-se primeiro satisfazer a si próprio e depois aos outros. Moleque – palavra originária do quimbundo "mu'leke" = menino. No Brasil, assumiu, no correr do tempo, inúmeros significados, carinhosos ou pejorativos, conforme o emprego. Pode ser uma forma de tratar qualquer menino, independente da cor da pele ser branca ou negra, não necessariamente pejorativa. Pode, ainda, significar um indivíduo brincalhão, engraçado. Ou, ainda, se esbravejada contra um adulto, em tom de discussão,
Os exemplos apenas ilustram a viagem das palavras de uma região para outra, dentro de uma mesma língua. É tema curioso, fascinante, que merece estudo acurado para mostrar que as palavras são fotografias da vida do homem no espaço físico-social.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
EDUCAR É PRECISO
Dessa forma, não se pode pensar em educação sem analisar o contexto social, político e econômico em que ela é gerada. Devido ao quadro de desigualdade, de heterogeneidade que caracteriza a sociedade brasileira, nossa educação é considerada uma das piores do mundo. Segundo o Projeto Pisa (Pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que avaliou alunos de 40 países, o Brasil ficou com 370 lugar em Leitura, 390 lugar em Ciências e 400 lugar em Matemática. A pesquisa também mostrou que 80% dos nossos estudantes está entre o nível de aprendizado insuficiente e péssimo.
Este é o resultado de um país onde a educação deixou de ser a prioridade, em detrimento a inúmeros interesses secundários, haja vista o orçamento destinado aos salários de quem educa. Sob este aspecto, precisamos pensar na formação e função do professor como “construtor” das bases de uma criança, não apenas pelo que ela é, mas também pelo que ela virá a ser para o mundo.
De outra parte, não se pode perder de vista que a tarefa de educar as crianças, os jovens, é da família. A escola é um poderoso coadjuvante, mas apenas um coadjuvante. É na família, com a experiência viva do empírico, que os valores importantes são firmados. E a didática familiar não é filosoficamente criada a partir de educadores famosos, tampouco se funda na esteira de elaborações dos doutores dos governos, responsáveis pelos programas oficiais de ensino.
Assim, compreende-se que a educação na família se faz pelas coisas que são ditas, mas mais vivamente pelas coisas que são feitas. Já se disse que “as palavras convencem, o exemplo arrasta”. A vivência do cotidiano da casa, os hábitos das pessoas que circundam os jovens, sua forma de agir e reagir aos acontecimentos da vida, tudo isso forma uma influente rede de informações que tendem a se enraizar naquele ser em formação.
O imortal Paulo Freire, no clássico livro Pedagogia do Oprimido, afirma que “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. É justamente na ação-reflexão do cotidiano, em que vida se desenrola e vai-se indo entre afazeres e trabalho, que ocorre a apreensão dos valores pela criança, a partir da observação do comportamento dos adultos.
Finalizando, convido o amigo leitor, ou leitora, a olhar a sua volta e se perguntar o que os seus fazeres estão a ensinar aos filhos, aos jovens. Aliás, proponho uma nova ação-reflexão aos amigos, todos, de pegar aos filhos pelas mãos e andar vagarosamente pela praça mais próxima, pela beira do rio, a conversar com eles, mostrando como é a vida e o que é preciso fazer para melhorá-la. Usufrua deste vagar, pois é no “de-vagar” que a vida realmente acontece e a educação se consolida. E as palavras são as roupas dos pensamentos que, da mesma forma que uma pessoa, não devem ser apresentadas em farrapos, descompostas e sujas.