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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CRIAÇÃO

No último dia da criação, depois que tudo estava pronto, e o Senhor viu que “tudo era bom”, criou o homem e a mulher e lhes outorgou a missão de cuidado para com a obra criada. Fez-nos guardiões da natureza. Este é o sentido bíblico do “dominai a face da terra”. O termo “dominai” vem de latim “dominus” que significa “senhor”. Daí a palavra domingo, que significa “dia consagrado ao Senhor”. O dia do descanso. Como o pai cuida dos filhos, como a mãe é capaz de dar a própria vida pela vida dos filhos, assim também fomos constituídos senhores no sentido da paternidade de quem cuida, na maternidade de quem vela. Isso é Criação! Isso é VIDA!

domingo, 22 de novembro de 2009

VILA FLOR


O amor é a flor da vida, e floresce inesperadamente e sem lei, e deve ser resoluto onde foi encontrado, e aproveitado durante o seu breve tempo de duração. Flor e Vida são momentos únicos, especiais, de duração eterna pela beleza, encanto, magia. A lembrança eterniza o tempo, os momentos, os anos, a vida se que se tem vivido. Flores: são tão especiais, elas falam, têm a voz do coração, a linguagem do amor, o cheiro da vida, o frescor da natureza, a beleza da magia, encanto, sedução.
O certo é que poucas coisas podem estar tão ligadas ao amor e ao desejo como as flores. Quer ver? A flor é a própria essência de uma planta e representa a maior concentração de sua força vital, porque é nela que a planta deposita todo o potencial que possui para garantir sua reprodução. Por definição, a flor é o órgão de reprodução sexuada das plantas superiores e em cada uma, há um ovário cercado de outras estruturas, como os órgãos masculinos ou estames, que produzem o pólen.
Formas, cores e perfumes são os recursos que a planta concentra nas flores para garantir a sedução de insetos e até pássaros polinizadores, fundamentais para que a reprodução aconteça. Em busca do néctar, os polinizadores, atraídos e seduzidos pela flor, cumprem a função de unir os órgãos masculinos e femininos, gerando um novo ser. Como se vê, é na flor que tudo acontece. Isso tudo é a beleza e o mistério da Vida!

BLUME



A Palavra BLUME ainda não está registrada.No dicionário e na enciclopédia se encontra a palavra "BLUME" bem explicada.Para muitas pessoas a PALAVRA BLUME tem um significado especial. Mas o que significa essa palavra para você, caro leitor?Gostaria muito que você participasse desse blog. Dê um significado para a palavra BLUME. Obrigada!

A BELEZA DA VIDA

A natureza tem uma beleza inconfundível, que é necessário preservar. Vejam as fotos fantásticas que revelam a verdadeira beleza que a natureza nos oferece e que os seres humanos têm tendência a destruir. Aproveite e preserve cada segundo, cada olhar, cada imagem que a natureza nos oferece, guarde-as dentro de si para viver cada segundo mais feliz. A beleza da vida reside na sabedoria de olhar cada recanto como um presente de Deus.

MAGIA DA NATUREZA

Os "elementos" dentro do simbolismo mágico são os componentes básicos de tudo o que existe. Esse quatro elementos – Terra, Ar, Fogo e Água – são ao mesmo tempo visíveis e invisíveis, físicos e espirituais. A partir desses elementos todas as coisas foram formadas, de acordo com o pensamento mágico. Nosso conhecimento científico atual, que sustenta haver muitos outros "blocos de construção", não contraria este princípio, é apenas uma versão mais elaborada. Não é nada sábio encarar os quatro elementos em termos puramente físicos. Terra, por exemplo, refere-se não apenas ao planeta no qual vivemos, mas também ao fenômeno terreno, da base e da estabilidade. Similarmente, o Fogo é muito mais do que a labareda.Uma vez que esta é a magia da Natureza, utilizando poderes, instrumentos e símbolos naturais, é importante compreender tais poderes. Um dos meios de fazê-lo é por intermédio do estudo dos elementos.O sistema elemental foi elaborado e aprimorado na Renascença, mas sua raízes se estendem muito mais para trás na história. Pode ser visto apenas como um conveniente sistema de organização para os diversos tipos de magia. Pode também ser encarado como o real sistema de poderes que podem ser acessados para auxiliar em encantamentos e rituais. Cabe a cada pessoa definir o modo como os vê. Apesar de os elementos serem descritos como "masculinos" e "femininos", isso não deve ser encarado de maneira preconceituosa. Assim como todos os sistemas da magia, isso é simbólico – descreve os atributos básicos dos elementos em termos facilmente compreendidos. Não significa que seja mais masculino praticar magia do Fogo, ou que a magia de Água seja mais apropriada para mulheres. É apenas um sistema de símbolos.

SONHAR TAMBÉM É REALIZAR

Eu ainda sou aquela menina sentada na nuvem, que com flores nas mãos escreve num jardim seus pequenos sonhos. Por tantas vezes se pega sonhando acordada, acreditando que um dia cada sonho se tornará realidade, porque não tem um sonho egoísta, mas um sonho de amor pelo próximo.
Se alguém me perguntasse: “Luísa, como você se define?”Minha pronta resposta seria imediatamente: uma pessoa simples, que sonha e corre atrás dos sonhos. Os meus sonhos começaram quando eu era criança, queria ser professora, conhecer o mundo, andar às margens do rio Danúbio, ter títulos, viajar, ter uma família sólida, unida, feliz. Sonhava em ser independente.Não sonhava somente coisas pessoais para mim, mas sonhava, também, para o mundo! Sei que sonhar não é ficar ali “apenas pensando”, sem fazer nada, esperando que o céu se abra e tudo venha pronto. Sonhar é começar a pensar no que é possível fazer para tornar um sonho, realidade.Isso tenho feito durante a vida. Continuo a sonhar, a procurar realizar sonhos. Afinal, viver é maravilhoso e sonhar é a melhor arma para se obter a felicidade!

OS ENCANTOS DA VIDA



A vida deu a cada um de nós diversos encantos
O encanto de aceitar as diferenças... O encanto de poder compartilhar... ...de amar e ser amado ... de perdoar e ser perdoado...e principalmente, o encanto de sempre poder contar com pessoas especiais... Mantenha seus pensamentos positivos, porque pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.

domingo, 15 de novembro de 2009

Natureza e Eu

Nossos lábios sorverem as águas puras da fonte enquanto contemplamos as verdes altas montanhas e o azul profundo dos oceanos. Poderemos ouvir dos que virão depois de nós: “Obrigada pelo mundo que vocês prepararam para nós. Obrigada pelo planeta, qual jardim, que vocês nos legaram. Obrigado pelas sementes de vida que vocês plantaram para que pudéssemos colher seus abundantes frutos. Obrigada, muito obrigada!

NATUREZA

O vento ruge lá fora...E é triste quando o vento ruge.Parece-me que a natureza chora querendo partir, ir embora...Talvez o golpe que sofreu tenha sido igual ao meu. Mas quem sabe, nem tanto.E seja só por mim,que ela derrama o pranto.Então manda o vento vir rugir assim,aqui na minha janela como se pudéssemos, eu e ela,num grande abraço, encontrar consolo,para tanto dolo...Mas vejo agora, feliz, que o vento parou.Então não era tanto assim.Foi só um lapso de descontentamento...Ah, natureza, tão amada, tão querida! Não vale a pena acalentar tormento,eu e você sabemos.Amanhã, que ainda existirá, eu sei,nesta mesma janela, onde o vento chorou, eu vou me debruçar, sorridente e ver ali embaixo, o rio...tão lindo e tão contente!

EDUCAÇÃO: A MAIOR PRIORIDADE NO MUNDO ATUAL


Vive-se num mundo onde se faz necessário, a cada dia, pessoas mais bem educadas. Contudo, os investimentos em educação não se voltam para cobrir essa necessidade. As verbas destinadas à educação ainda são minúsculas ante a grandeza do seu significado. Depois, os educadores são aviltados pelos baixos salários que não lhes permitem, sequer, comprar livros. Nesse cenário de desprestígio, professor pode até ser surrado, em sala de aula, como aconteceu, recentemente, aqui em Rio Branco. Daí surge a pergunta: para que serve a educação? O questionamento não é para atacar ou subestimar o papel da educação para a formação das pessoas. Pelo contrário, é para valorizar esse setor tão carente. A educação deve ser a alavanca central do desenvolvimento, não só no sentido de maximização de recursos financeiros, mas como algo capaz de estimular as potencialidades das pessoas.
É um cansaço observar que para muitos governos o que importa em educação não é propriamente a qualidade ou a sua relevância para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. É mais importante atender a interesses transitórios, ao invés de colocar recursos em projetos de longo prazo, que não geram dividendos políticos imediatos e não dão visibilidade para votos eleitorais. Não há convicção quanto ao valor estratégico dos investimentos em educação. Para muitos, dinheiro bem aplicado é o do pagamento das dívidas externa e interna, ou na construção de grandes obras como pontes, viadutos, estradas. Porém, essa lógica do atraso, a cada dia que passa, fragiliza-se diante de evidências e fatos que indicam o contrário.
Um estudo realizado pela UNESCO mostra uma relação positiva entre anos de escolaridade e taxa de crescimento de um país. Aponta que investimentos em capital humano, além de terem uma taxa de retorno privada elevada (entre 5% e 15% para cada ano adicional de escolaridade), têm, também, uma taxa de retorno social elevada, que pode atingir de três a quatro vezes as taxas de retorno privadas. Se a taxa de retorno social é mais elevada, o investimento público, em educação, está não apenas justificado, como também se eleva à condição de investimento prioritário, diante da situação social e educacional do país.
Portanto, a educação não é queima de dinheiro. É queima de ignorância. Cabe à UNESCO, como organização especializada das Nações Unidas, nas áreas de educação, ciência, cultura e comunicação, lembrar e insistir sempre: a educação se paga quando suas verbas são bem utilizadas. A educação dá frutos, não na safra do próximo outono, mas ao longo de muito tempo, abrindo os caminhos para os países saírem da pobreza e da periferia. Sem essa visão estadista não será possível romper o círculo que perpetua o atraso e a miséria humana.
Um dos principais pontos que diferencia um país desenvolvido, de primeiro mundo, de um país subdesenvolvido, de terceiro mundo, é o histórico de investimentos realizados em educação e em cultura. Esses investimentos são à base de toda e qualquer sociedade que espera obter sucesso no futuro. Por isso, os países europeus têm um índice de desenvolvimento humano muito maior do que se tem na América Latina. Isso resulta do investimento maciço que a Europa fez, no passado, em cultura e educação. Explica-se porque a Europa é considerada o berço das artes.
Conclui-se dizendo que o compromisso com a Educação é dever de todos, governo, políticos, educadores, sociedade. Esse conjunto irmanado poderá tirar o país do atraso em que está mergulhado, salvar a juventude atual que pouco respeito possui aos valores educacionais. Poderá, também, operar o milagre de salvar milhares de jovens da marginalidade. Educar pessoas é garantir o futuro da nação. Assim, se os planos são para um ano, cultivem-se arroz; se são para dez anos, cultivem-se árvores. Mas se os planos são para a vida de pessoas, daqui a cem anos, cultive-se educação.






O QUE É A LINGUAGEM?

O interesse pela linguagem data da antigüidade clássica. Tal interesse se apresenta, na Grécia, no interior da filosofia, que se viu levada a estudar a estrutura do enunciado para poder tratar do juízo. Isto levou Platão a estabelecer a primeira classificação das palavras de que se tem conhecimento. Para ele as palavras podem ser nomes e verbos. Depois dele Aristóteles considerou outra classificação das palavras: nomes, verbos e partículas.

Desde logo os estudiosos perceberam que a linguagem necessita, sobretudo, de palavras.A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o que sente, registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o ingresso do homem na cultura, construindo-o como sujeito capaz de produzir transformações nunca antes imaginadas.

Apesar da evidente importância do raciocínio lógico-matemático e dos sistemas de símbolos, a linguagem, tanto na forma verbal, como em outras maneiras de comunicação, permanece como meio ideal para transmitir conceitos e sentimentos, além de fornecer elementos para lançar, explicar e expandir novas aquisições de conhecimento.

Mas o que é a linguagem? A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a comunicação entre pessoas e para a expressão de idéias, valores e sentimentos. Embora tão simples, a definição de linguagem diz muitas coisas. A definição afirma que:
1. A linguagem é um sistema, isto é, uma totalidade estruturada, com princípios e leis próprios, sistema esse que pode ser conhecido;
2. A linguagem é um sistema de sinais ou de signos, isto é, os elementos que formam a totalidade lingüística são um tipo especial de objetos, os signos, ou objetos que indicam outros, designam outros ou representam outros. Por exemplo, a fumaça é um signo ou sinal de fogo, a cicatriz é signo ou sinal de uma ferida, manchas na pele de um determinado formato, tamanho e cor são signos de sarampo ou de catapora, etc. No caso da linguagem, os signos são palavras e os componentes das palavras (sons ou letras);
3. A linguagem indica coisas, isto é, os signos lingüísticos (as palavras) possuem uma função indicativa ou denotativa, pois como que apontam para as coisas que significam;
4. A linguagem tem uma função comunicativa, isto é, por meio das palavras entramos em relação com os outros, dialogamos, argumentamos, persuadimos, relatamos, discutimos, amamos e odiamos, ensinamos e aprendemos, etc.;
5. A linguagem exprime pensamentos, sentimentos e valores, isto é, possui uma função de conhecimento e de expressão, sendo neste caso conotativa, ou seja, uma mesma palavra pode exprimir sentidos ou significados diferentes, dependendo do sujeito que a emprega, do sujeito que a ouve e lê, das condições ou circunstâncias em que foi empregada ou do contexto em que é usada. Assim, por exemplo, a palavra água, se for usada por um professor numa aula de química, conotará o elemento químico que corresponde à fórmula H2O; se for empregada por um poeta, pode conotar rios, chuvas, lágrimas, mar, líquido, pureza, etc.; se for empregada por uma criança que chora pode estar indicando uma carência ou necessidade como a sede. A definição nos diz, portanto, que a linguagem é um sistema de sinais com função indicativa, comunicativa, expressiva e conotativa.

Reduzir o papel da linguagem às funções externas da comunicação é ter uma visão muito limitada, insuficiente e incorreta. É na linguagem, ou melhor, na articulação das palavras/conceitos em proposições/juízos, coerentemente conduzidos, que tem lugar o pensar. O pensamento é o discorrer da razão na própria linguagem verbal articulada.

Geografia da Língua Portuguesa: viagem das palavras

No texto de hoje, trago aos leitores, aspectos da geografia da Língua Portuguesa, em países da lusofonia, em especial Angola, Portugal e Brasil. Essa geografia vem traduzida na variação diatópica da língua, especialmente na diversidade lexical.

Bicha – em Angola designa o homossexual. Em Portugal diz-se e no Brasil é .
Barona – Em Angola significa . No Brasil se diz . Em Portugal . No Brasil, é uma palavra pejorativa.
Chana – em Angola significa , ou seja, designa uma vegetação. No Brasil, em algumas regiões, é uma gíria para designar a genitália feminina.
Contratado – eufemismo que substituiu o termo escravo, no trabalho compelido a que os africanos nativos estavam sujeitos nas roças e fazendas, durante a época colonial do Estado Novo (regime Salazarista) português. No Brasil, chegou o “escravo”.Comboio mala – designação do comboio (trem) que transportava as malas do correio. Permaneceu em Portugal e no Brasil .
Semba - palavra que significa "umbigada". O <<>>, dança praticada em Luanda, deu origem ao samba brasileiro. Em vários momentos da dança os pares trocavam umbigadas. Trazida para o Brasil, por escravos oriundos de Angola, modificou-se e mudou de nome. Kizomba ou "Quizomba", palavra que foi usada no tema de carnaval da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro em 1988, é um tipo de música e dança angolana. Usa-se, no Brasil, a palavra , designativa de confusão. Quilombo – palavra originária do quibundo, dialeto africano, para designar "capital, povoação". No Brasil ganhou a significação de Tukeia ou tuqueia – Peixe lacustre das anharas (savanas) do leste da Angola. Sanzala – palavra de origem angolana, com variação de , que significa cidade, aldeia africana. No Brasil, passou a designar o galpão onde dormiam os escravos.
Pirão ou funji - comida tradicional angolana. É uma espécie de papa, preparada com fubá ou farinha e, com este sentido, é palavra também empregada no Brasil. Aqui criou-se o ditado "Farinha pouca, meu pirão primeiro", significando que, em épocas de dificuldades, busca-se primeiro satisfazer a si próprio e depois aos outros. Moleque – palavra originária do quimbundo "mu'leke" = menino. No Brasil, assumiu, no correr do tempo, inúmeros significados, carinhosos ou pejorativos, conforme o emprego. Pode ser uma forma de tratar qualquer menino, independente da cor da pele ser branca ou negra, não necessariamente pejorativa. Pode, ainda, significar um indivíduo brincalhão, engraçado. Ou, ainda, se esbravejada contra um adulto, em tom de discussão, , estará significando um indivíduo sem palavra, um canalha, um cafajeste.
Os exemplos apenas ilustram a viagem das palavras de uma região para outra, dentro de uma mesma língua. É tema curioso, fascinante, que merece estudo acurado para mostrar que as palavras são fotografias da vida do homem no espaço físico-social.

Geografia da Língua Portuguesa: viagem das palavras




No texto de hoje, trago aos leitores, aspectos da geografia da Língua Portuguesa, em países da lusofonia, em especial Angola, Portugal e Brasil. Essa geografia vem traduzida na variação diatópica da língua, especialmente na diversidade lexical.

Bicha – em Angola designa o homossexual. Em Portugal diz-se e no Brasil é .
Barona – Em Angola significa . No Brasil se diz . Em Portugal . No Brasil, é uma palavra pejorativa.
Chana – em Angola significa , ou seja, designa uma vegetação. No Brasil, em algumas regiões, é uma gíria para designar a genitália feminina.
Contratado – eufemismo que substituiu o termo escravo, no trabalho compelido a que os africanos nativos estavam sujeitos nas roças e fazendas, durante a época colonial do Estado Novo (regime Salazarista) português. No Brasil, chegou o “escravo”.Comboio mala – designação do comboio (trem) que transportava as malas do correio. Permaneceu em Portugal e no Brasil .
Semba - palavra que significa "umbigada". O <<>>, dança praticada em Luanda, deu origem ao samba brasileiro. Em vários momentos da dança os pares trocavam umbigadas. Trazida para o Brasil, por escravos oriundos de Angola, modificou-se e mudou de nome. Kizomba ou "Quizomba", palavra que foi usada no tema de carnaval da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro em 1988, é um tipo de música e dança angolana. Usa-se, no Brasil, a palavra , designativa de confusão. Quilombo – palavra originária do quibundo, dialeto africano, para designar "capital, povoação". No Brasil ganhou a significação de .Tukeia ou tuqueia – Peixe lacustre das anharas (savanas) do leste da Angola. Sanzala – palavra de origem angolana, com variação de , que significa cidade, aldeia africana. No Brasil, passou a designar o galpão onde dormiam os escravos.
Pirão ou funji - comida tradicional angolana. É uma espécie de papa, preparada com fubá ou farinha e, com este sentido, é palavra também empregada no Brasil. Aqui criou-se o ditado "Farinha pouca, meu pirão primeiro", significando que, em épocas de dificuldades, busca-se primeiro satisfazer a si próprio e depois aos outros. Moleque – palavra originária do quimbundo "mu'leke" = menino. No Brasil, assumiu, no correr do tempo, inúmeros significados, carinhosos ou pejorativos, conforme o emprego. Pode ser uma forma de tratar qualquer menino, independente da cor da pele ser branca ou negra, não necessariamente pejorativa. Pode, ainda, significar um indivíduo brincalhão, engraçado. Ou, ainda, se esbravejada contra um adulto, em tom de discussão, , estará significando um indivíduo sem palavra, um canalha, um cafajeste.
Os exemplos apenas ilustram a viagem das palavras de uma região para outra, dentro de uma mesma língua. É tema curioso, fascinante, que merece estudo acurado para mostrar que as palavras são fotografias da vida do homem no espaço físico-social.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

EDUCAR É PRECISO

A educação sempre se apresenta como o grande desafio para a humanidade. E não adianta mascarar o processo porque ele se reflete no cotidiano das famílias, das escolas, das pessoas com quem lidamos no dia a dia. Assim, algumas coisas precisam ficar bem claras, sempre. E repeti-las nunca é demasiado. Como sempre estive ligada ao campo educacional, sei o significado de educar, educar para a vida, educar para uma profissão, educar para o convívio social, educar para a cidadania.
Dessa forma, não se pode pensar em educação sem analisar o contexto social, político e econômico em que ela é gerada. Devido ao quadro de desigualdade, de heterogeneidade que caracteriza a sociedade brasileira, nossa educação é considerada uma das piores do mundo. Segundo o Projeto Pisa (Pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que avaliou alunos de 40 países, o Brasil ficou com 370 lugar em Leitura, 390 lugar em Ciências e 400 lugar em Matemática. A pesquisa também mostrou que 80% dos nossos estudantes está entre o nível de aprendizado insuficiente e péssimo.
Este é o resultado de um país onde a educação deixou de ser a prioridade, em detrimento a inúmeros interesses secundários, haja vista o orçamento destinado aos salários de quem educa. Sob este aspecto, precisamos pensar na formação e função do professor como “construtor” das bases de uma criança, não apenas pelo que ela é, mas também pelo que ela virá a ser para o mundo.
De outra parte, não se pode perder de vista que a tarefa de educar as crianças, os jovens, é da família. A escola é um poderoso coadjuvante, mas apenas um coadjuvante. É na família, com a experiência viva do empírico, que os valores importantes são firmados. E a didática familiar não é filosoficamente criada a partir de educadores famosos, tampouco se funda na esteira de elaborações dos doutores dos governos, responsáveis pelos programas oficiais de ensino.
Assim, compreende-se que a educação na família se faz pelas coisas que são ditas, mas mais vivamente pelas coisas que são feitas. Já se disse que “as palavras convencem, o exemplo arrasta”. A vivência do cotidiano da casa, os hábitos das pessoas que circundam os jovens, sua forma de agir e reagir aos acontecimentos da vida, tudo isso forma uma influente rede de informações que tendem a se enraizar naquele ser em formação.
O imortal Paulo Freire, no clássico livro Pedagogia do Oprimido, afirma que “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. É justamente na ação-reflexão do cotidiano, em que vida se desenrola e vai-se indo entre afazeres e trabalho, que ocorre a apreensão dos valores pela criança, a partir da observação do comportamento dos adultos.
Finalizando, convido o amigo leitor, ou leitora, a olhar a sua volta e se perguntar o que os seus fazeres estão a ensinar aos filhos, aos jovens. Aliás, proponho uma nova ação-reflexão aos amigos, todos, de pegar aos filhos pelas mãos e andar vagarosamente pela praça mais próxima, pela beira do rio, a conversar com eles, mostrando como é a vida e o que é preciso fazer para melhorá-la. Usufrua deste vagar, pois é no “de-vagar” que a vida realmente acontece e a educação se consolida. E as palavras são as roupas dos pensamentos que, da mesma forma que uma pessoa, não devem ser apresentadas em farrapos, descompostas e sujas.
A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.