Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de julho de 2014

CORAÇÃO DA MATA






Como dizia o poeta,
Quem já passou pela vida e não viveu,
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu.
Andei pelo mundo à procura de sonhos,
Grandes e pequenos em tamanhos,
Mas a todos eu buscava sem distinção,
Pelo ideal de vencê-los com determinação.
Quem nasce na beira de um rio,
No seio da floresta,
Sabe que por vezes há desvio,
Para uma distância incerta.
Muitos dias senti frio, temor e desconfiança,
Ao sair do mato e ver gente sem esperança,
A tropeçar no caminho, sem lutar pela vida,
Sempre esperando a mão da família querida.
Embora eu tenha um nome e por ele faça zelo,
Nunca dele lancei mão para obter algum selo,
Os ideais, os sonhos que buscava,
Somente minha força eu usava.
Em tudo coloquei meu preço,
Virei o mundo do avesso,
Com respeito e dignidade,
A ninguém fiz desfeita ou maldade,
O caminho foi o da lealdade.
Também nunca agi por oportunismo,
Esse mal  não carrego comigo.
A tudo que tinha valor,
Com o suor no rosto fui ao labor,
E enfrentei muitos dragões,
Na bocarra muitos grilhões,
Que teria para vencer,
Com coragem, audácia, atrevimento,
Sempre a olhar o amanhecer,
Sem nenhum constrangimento.
Eu fiz na vida um desafio,
De vencer a batalha medonha,
Ganhar minha liberdade risonha,
E, depois, voltar à beira do rio
Para dizer, com orgulho e satisfação,
Venci os desafios,
Trago a ti uma medalha na palma da mão.








































5 comentários:

Lenilda Rosas disse...

Essa é a menina do rio que foi para a cidade grande, ganhou mundo e fez dele o seu mundo. parabéns querida poeta.

Valdir Calixto da Silva disse...

Esse poema conta a história de muitas histórias de vida, de pessoas corajosas, vencedoras, batalhadoras que fazem da vida um troféu divino. Eu achei lindo demais.

Ruth, Sofia, Nena, Rosa, Cleide. Suas ex-alunas no SEBRAE. disse...

Estamos aqui apreciando o seu blog, ele é bonito como poucos, um conteúdo rico. Parabéns, professora. Somos fãs.

Clícia Melo Oliveira disse...

Esse poema é um hino, um canto de louvor à vida de alguém que vive tão lindamente.

Cleto Alves Melo disse...

Querida professora, que forma fantástica de sentir e dizer da vida. Parabéns!

A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.