Como dizia o poeta,
Quem já passou pela vida e não viveu,
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu.
Andei pelo mundo à procura de sonhos,
Grandes e pequenos em tamanhos,
Mas a todos eu buscava sem distinção,
Pelo ideal de vencê-los com determinação.
Quem nasce na beira de um rio,
No seio da floresta,
Sabe que por vezes há desvio,
Para uma distância incerta.
Muitos dias senti frio, temor e desconfiança,
Ao sair do mato e ver gente sem esperança,
A tropeçar no caminho, sem lutar pela vida,
Sempre esperando a mão da família querida.
Embora eu tenha um nome e por ele faça zelo,
Nunca dele lancei mão para obter algum selo,
Os ideais, os sonhos que buscava,
Somente minha força eu usava.
Em tudo coloquei meu preço,
Virei o mundo do avesso,
Com respeito e dignidade,
A ninguém fiz desfeita ou maldade,
O caminho foi o da lealdade.
Também nunca agi por oportunismo,
Esse mal não carrego comigo.
A tudo que tinha valor,
Com o suor no rosto fui ao labor,
E enfrentei muitos dragões,
Na bocarra muitos grilhões,
Que teria para vencer,
Com coragem, audácia, atrevimento,
Sempre a olhar o amanhecer,
Sem nenhum constrangimento.
Eu fiz na vida um desafio,
De vencer a batalha medonha,
Ganhar minha liberdade risonha,
E, depois, voltar à beira do rio
Para dizer, com orgulho e satisfação,
Venci os desafios,
Trago a ti uma medalha na palma da mão.
5 comentários:
Essa é a menina do rio que foi para a cidade grande, ganhou mundo e fez dele o seu mundo. parabéns querida poeta.
Esse poema conta a história de muitas histórias de vida, de pessoas corajosas, vencedoras, batalhadoras que fazem da vida um troféu divino. Eu achei lindo demais.
Estamos aqui apreciando o seu blog, ele é bonito como poucos, um conteúdo rico. Parabéns, professora. Somos fãs.
Esse poema é um hino, um canto de louvor à vida de alguém que vive tão lindamente.
Querida professora, que forma fantástica de sentir e dizer da vida. Parabéns!
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