Pesquisar este blog

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA NO MUNDO SOCIAL E CULTURAL

imagem_mocha

A vida das pessoas está intimamente associada ao processo de comunicação e aprimoramento da capacidade comunicativa que acompanha a própria evolução humana. À medida que amplia seu relacionamento com o mundo, o ser humano aperfeiçoa e multiplica a sua capacidade de comunicação, envolvendo palavras, sons e imagens. Textos verbais e não-verbais interagem e contribuem para a representação oral e escrita das sociedades.

A língua é um código desenvolvido para a transmissão de pensamentos, idéias e interação entre os indivíduos. Dessa forma, a língua pertence a todos os membros de uma comunidade e a nenhum deles isoladamente. Assim, como a língua é um código aceito, convencionalmente, por toda uma comunidade, um único indivíduo não é capaz de criá-la ou modificá-la. Em razão dos costumes, das gerações, de processos políticos, dos avanços sociais e tecnológicos, uma língua evolui, transformando-se historicamente. Por exemplo, algumas palavras perdem ou ganham fonemas, outras deixam de ser utilizadas, novas palavras surgem, de acordo com as necessidades, sem contar os “empréstimos” de outras línguas com as quais uma dada comunidade mantém contato.

Então, a língua constitui, pois, um código mutável que integra as relações humanas e que, ao mesmo tempo em que sofre modificações, participa das mudanças nas sociedades. Esse patrimônio social é responsável pela possibilidade de se preservar o conhecimento e de transmiti-lo a outras gerações no correr do tempo. É por meio da linguagem que as sociedades perpetuam suas histórias escritas. Sem a linguagem o mundo seria um imenso vazio.

Observa-se, também, uma estreita relação entre linguagem e cultura. Uma é expressão da outra. Essas duas entidades possuem uma relação tão ampla e complexa, que abrange desde a consideração de que as estruturas lingüísticas possam se edificar, a partir de uma situação cultural, até a afirmação, em sentido contrário, de que os costumes lingüísticos, de determinados grupos, tenham moldado, fundamentalmente, a cultura desses povos. Ou seja, a linguagem modifica a cultura e esta modifica aquela.

No entanto, sendo o ser humano portador da linguagem, ele não é dela possuidor, apenas usuário. E, no uso, modifica a língua, mas não a detém para si como algo seu. Isso acontece porque a língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste às pessoas. Não se pode, em qualquer sentido simples, ser autor. Falar uma língua não significa apenas expressar os pensamentos mais interiores e originais, significa, também, ativar a imensa gama de significados que já estão embutidos no sistema cultural de dada comunidade, sociedade.

Essa relação intrínseca entre língua, cultura, sociedade, constitui arranjo fundamental nas atividades cotidianas de nossas vidas. Dessa forma, as mudanças ocorrem, tanto na cultura quanto na língua, seja por eliminação, acréscimo ou modificação de elementos. Não é uma coisa voluntária, acontece sem que se perceba, de forma ininterrupta. Assim, as pessoas reestruturam aspectos lingüísticos e valores morais, por exemplo, muitas vezes, sem perceber. Mas, para tristeza de muitos, ninguém, isoladamente, modifica uma língua. Ela pertence ao conjunto de falantes e responde por seus comportamentos sociais, culturais, morais, éticos.

Compreende-se, então, que a linguagem é constituída de três formas: a) representação, “espelho” do mundo e do pensamento; b)instrumento “ferramenta” de comunicação; c) forma “lugar” de ação ou interação entre falantes. Ou seja, a principal concepção do ser humano (ser falante) representa para si o mundo através da linguagem e, assim sendo, a função da língua é representar/refletir seu pensamento e seu conhecimento de mundo.

Finalmente, naquilo que diz respeito à sua essência, línguas são fenômenos inerentes ao ser humano e semelhantes a ele próprio: sistemáticos, porém complexos, arbitrários, irregulares, mostrando um acentuado grau de tolerância a variações, repletos de ambigüidades, em constante evolução aleatória e incontrolável. Por isso a linguagem é espelho fidedigno das pessoas. É como diz Fernão de Oliveira (1536), “cada um fala como quem é”.

DICAS DE GRAMÁTICA

ENTREGA EM DOMICÍLIO OU ENTREGA A DOMICÍLIO?

- A expressão em domicílio é a certa quando se usa o substantivo entrega ou o verbo entregar. Entrega de pizzas em domicílio, uma vez que quem entrega, entrega algo em algum lugar. Assim, ao ler Letras & Letras, em casa, o leitor recebe Dicas de Gramática em domicílio, pois quem recebe algo, recebe algo em algum lugar, em casa, na empresa etc.

É CERTO FALAR OU ESCREVER RECEBA DE GRÁTIS ESSE BRINDE?

- Não. O certo é utilizar as expressões de graça, grátis, ou gratuitamente. Receba de graça. Receba grátis. Receba gratuitamente. Tudo isso é possível, mas de grátis... nem pagando!

terça-feira, 11 de maio de 2010

O PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA HUMANA

inteligencia

É importante, nas relações humanas e sociais, refletir sobre o fundamental papel da linguagem para o desenvolvimento da inteligência. Pertence a linguagem a um sistema simbólico dos grupos humanos e certamente representa um salto qualitativo na evolução da espécie. Ela fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas.

A linguagem é a maior criação da inteligência humana, pois é uma forma de acessar o mundo e o pensamento, tornando possível compreender e apreender as características dos fatos e objetos da realidade. Nós, seres humanos, somos, ao mesmo tempo, falantes e linguagem, considerando a linguagem uma criação humana, uma instituição sócio-cultural, que nos faz seres sociais e culturais. E, tendo a linguagem uma função social, ela é, antes de tudo, comunicação, expressão e compreensão. Essa função comunicativa está estreitamente combinada com o pensamento. A comunicação é uma espécie de função básica, porque permite a interação social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento, aguça a inteligência, aprimora a forma e o modo de viver no mundo.

Para Vygotsky [psicólogo e educador russo], a aquisição da linguagem passa por três fases: a) A linguagem social, que tem a função de denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que surge; b) A linguagem egocêntrica, ou seja, a progressão da fala social para a fala interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos – o que estaria bem próximo ao pensamento, representa a transição da função comunicativa para a função intelectual; c) A linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento, ao intelecto das pessoas. É nessa fase que a linguagem aprimora, aperfeiçoa a inteligência humana.

Muitos estudiosos se debruçam, até hoje, para melhor compreender o fenômeno da linguagem. Mas a abordagem histórica desse estudo teve início no século XVIII e o grande impulso ocorreu no Século XIX, constituindo-se, ao longo dos anos, objeto de estudo de várias ciências, como por exemplo, a Psicologia, a Filosofia, a Lingüística, entre outras. Porém, a importância da linguagem aparece com maior ênfase no século XX, tanto que alguns autores consideram como sendo impossível pensar sobre algo sem pensar na linguagem, uma vez que desde então se evidencia a clara convicção de que a palavra linguagem é o espaço da expressividade do mundo. E no caso da Filosofia Contemporânea, volta-se, principalmente para a significação ou para o sentido das expressões lingüísticas, não priorizando, apenas, as questões relacionadas à consciência ou à razão ou, ainda, à essência das coisas.

A inteligência, para Piaget [psicólogo e filósofo suíço, conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Afirmou que existe um processo de construção do conhecimento, e lançou a grande questão: "Como podemos conhecer?".], é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem, intelectualmente, a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades e a linguagem é o meio e o fim desse aperfeiçoamento, uma vez que a linguagem propicia o exercício contínuo e ininterrupto da mente humana.

Para Piaget, o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo, tudo permeado pela linguagem. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento, e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação das pessoas com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será a pessoa que utiliza a linguagem.

Conclui-se o artigo dizendo que a linguagem, de acordo com o neurobiólogo americano William Calvin, é "a característica definidora da inteligência humana". Assim, com o devido respeito à capacidade de comunicação dos golfinhos, chimpanzés, aves e abelhas, o Homo Sapiens é a única espécie existente com o poder da fala. Essa é a capacidade que nos separa dos outros animais, que nos torna humanos. O desenvolvimento da inteligência humana está intimamente ligado ao desenvolvimento da linguagem. Tudo que ela vivencia deve ser reproduzido nas formas de expressão verbal e não verbal. É importante que ela “interprete” o mundo que a cerca e que comunique esta “leitura” do mundo para as pessoas, no amplo sentido de existência, de viver em comunidade.

DICAS DE GRAMÁTICA

UM CHEQUE TEM FUNDO OU TEM FUNDOS? UM CHEQUE ESTÁ SEM FUNDO OU SEM FUNDOS?

- O correto é fundos, no plural, pois é no plural que fundo tem o sentido de provisão de dinheiro disponível para saque bancário. Então, diga: O cheque está sem fundos!

TIPO ASSIM é uma pobreza vocabular?

- Sim, sem dúvida alguma. Evite essa expressão, não envergonhe a língua pátria! Esmere-se para falar bem. No lugar de "tipo assim", expressão comum no linguajar cotidiano, experimente novas opções: "por exemplo", "neste caso" ou "na verdade", e tantas outras. A pobreza de vocabulário se corrige com boas leituras e com muita, muita autocrítica.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O AMOR NA VISÃO DAS CIÊNCIAS

Muita gente se indaga sobre o amor e se pergunta qual é a sua linguagem. Eu diria que a linguagem do amor é a mais simples e, ao mesmo tempo, a mais complexa que pode existir, isso porque é a linguagem do coração! E o coração de uma pessoa é o que ela tem de mais precioso e, ao mesmo tempo, mais distante. O coração é um tesouro que Deus nos deu com uma única condição: desbravá-lo para conhecê-lo e compreendê-lo.

O amor é um sentimento sublime, força unificadora e harmonizadora, assim compreendido desde a Grécia Antiga. Para Platão, o amor é falta, necessidade, desejo de conquistar e preservar o que se conquistou. O amor dirige-se para a beleza, aparência do bem. Aristóteles, por sua vez, considera o amor sexual, uma afeição que conduz à amizade, sentimento superior. Segundo ele, ninguém seria atingido pelo amor se não fosse ferido pelo prazer da beleza. O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Para Sócrates o amor é o impulso apaixonado de uma alma para a Sabedoria e esta é ao mesmo tempo conhecimento e virtude. Pitágoras diz que se deve purificar o coração antes de permitir que o amor se assente nele, já que o mel mais doce azeda num copo sujo.

Percebe-se, então, que desde a antiguidade o sentimento do coração tem sido uma mescla do dizível e indizível. A linguagem do amor possui muita força e existe em sua forma mais pura e verdadeiramente impura nos corações dos seres humanos. E, assim, segundo as interpretações de grandes humanistas, filósofos, pensadores, algumas exageradas, outras bem comedidas, o amor pode curar, pode transformar e criar um ambiente harmônico para quem vive esse sublime sentimento. Logo, o Amor é um sentimento de reação as coisas que nos cercam. Para alguns estudiosos, reagimos com mais intensidade trazendo lembranças do fundo da memória para reforçar o nosso estado de espírito.

Como acreditamos que, em tese, tudo o que o ser humano fez e pensou é motivo histórico, o amor, sem dúvida, é um tema propício para a História, pois se refere ao que é exclusivamente humano. Além disso, através dele, é possível fazer um estudo comparativo e temático de tempos distintos, pois ao contrário dos nossos famigerados tempos pós-modernos, que propagaram a Revolução em detrimento do amor, a Idade Média cultivou e enalteceu esse sentimento, criando uma nova e revolucionária forma de relacionamento homem/mulher que continuou durante séculos. E em boa parte, até os dias atuais, apesar dos brutos - ou até pelos brutos, pois, como sabemos, os brutos também amam.

Viajando pelas trilhas da história, chegamos ao século XII e encontramos os povos chamados feudais. Eles deram origem a uma maneira sensível de expressão que foi denominada amor cortês. Assim, é preciso definir esse conceito para aprofundar a importância dessa transformação nos costumes do Ocidente Medieval. Dali, viajamos do amor cortês ao romântico e avistamos sempre que o amor não é filosofia. É Química agindo. É Física Aplicada. Matemática dos seres, linguagem de beijos, Geografia de corpos, História de vidas. O Amor não é Filosofia, é vida conjugada, experiência dividida, prazer multiplicado. Amar nem sempre é riso, mas, também, nem sempre é dor.

Também, é bom notar que Vida é o amor existencial. Razão é o amor que pondera. Estudo é o amor que analisa.Ciência é o amor que investiga.Filosofia é o amor que pensa.Religião é o amor que busca a Deus. Verdade é o amor que eterniza. Ideal é o amor que se eleva. Fé é o amor que transcende. Esperança é o amor que sonha. Caridade é o amor que auxilia. Fraternidade é o amor que se expande.

Com certeza, a literatura diz muito sobre as atitudes e as aspirações humanas, do mesmo modo as imagens. Assim, o cultivo do amor, por parte dos seres humanos, deve trazer, sempre, o abrandamento do impulso sexual violento, assumindo um caráter educativo, melhorando a condição feminina. Enfim, o Amor é o divino no humano. O infinito no efêmero. Amor é a iniciação à eternidade. Ilumine-se: exercite o amor todos os dias.

DICAS DE GRAMÁTICA

ENTREGA EM DOMICÍLIO OU ENTREGA A DOMICÍLIO?

- A expressão em domicílio é a certa quando se usa o substantivo entrega ou o verbo entregar. Entrega de pizzas em domicílio, uma vez que quem entrega, entrega algo em algum lugar. Essas dicas, o leitor as recebe em domicílio, pois quem recebe algo, recebe algo em algum lugar, em casa, na empresa etc.

STRESS OU ESTRESSE, PROFESSORA?

- Antigamente falava-se em estafa. Hoje temos a palavra inglesa stress que, porém, já está abrasileirada (ou aportuguesada, se preferirem). Quem quiser ficar estressado agora, sinta-se à vontade. Então, a forma portuguesa é estresse!

IR AO ENCONTRO OU IR DE ENCONTRO?

- Às vezes falamos o contrário do que pensamos. É comum ouvir pessoas usarem a expressão de encontro ao no lugar da ao encontro de. Quando afirmo que sua idéia vem de encontro à minha, quero dizer que nossas idéias se opõem. Quando afirmo que sua idéia vem ao encontro da minha, quero dizer que nossas idéias coincidem. Nada de confusões. Ir ao encontro de é unir-se. Ir de encontro a é entrar em conflito.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

EVITE GAFES AO FALAR OU ESCREVER

 

gafes

No dia-a-dia de nossas atividades estudantis, profissionais ou de lazer, nos discursos, na correspondência, ou mesmo no bate-papo entre amigos, qual de nós não cometeu algumas impropriedades de linguagem? O tempo passa e, se não exercitarmos o que estudamos e aprendemos, certamente alguma coisa vai escapar. E vai daí que... Pensando nisso tudo, apresentamos uma série de formas próprias e impróprias de nos expressar, evitando, assim, 'gafes' desnecessárias. Na coluna da esquerda, apresentamos as formas impróprias, ou seja, incorretas; à direita, estão as formas próprias, ou corretas.


IMPRÓPRIAS               E              PRÓPRIAS
A defesa entrou com recurso/ A defesa interpôs recurso.
Aposentados recebem vencimentos/ Aposentados recebem proventos.
As injeções já foram aplicadas/ As injeções já foram feitas.
As sentenças são anunciadas/ As sentenças são prolatadas ou proferidas.
Caiu dentro da piscina/ Caiu na piscina.

Chefes dos Executivos recebem vencimentos e ajuda de custo/ Chefes dos Executivos recebem subsídios e ajuda de representação.
Despachos de juízes são assinados/ Despachos de juízes são exarados.
Despesa é limitada/ Despesa é fixada.
Ele está atendendo a telefonema dela/ Ele está atendendo ao telefonema dela.
Empregados regidos pela CLT recebem ordenados/ Empregados regidos pela CLT recebem salários.
Escreventes da Justiça são funcionários/ Escreventes da Justiça são serventuários.
Estive na divisa do Brasil com a Bolívia/ Estive na fronteira do Brasil com a Bolívia.
Exonerações são decretadas/ Exonerações são concedidas.
Falou no telefone/ Falou ao telefone.
'Habeas corpus' são requeridos/ 'Habeas corpus' são impetrados.
Impetra-se mandato de segurança/ Impetra-se mandado de segurança.
Juiz dá parecer ou opinião/ Juiz vota, dá sentença ou julga.
Juiz expede mandato de busca e apreensão/ Juiz expede mandado de busca e apreensão.
Ministério é 'staff' governamental /Ministério é Secretaria de Estado
O carro chocou-se contra o poste/ O carro chocou-se com o poste.
O custo do processo é muito elevado As custas do processo são elevadas.
O guarda extraiu a multa/ O guarda aplicou a multa.
O legista fez a autópsia no cadáver/ O legista fez a necropsia no cadáver.
O Presidente pôs veto na lei/ O Presidente opôs veto à lei.
O que é bom para a gripe? /O que é bom contra a gripe?
Os promotores promovem libelos./ Os promotores proferem libelos
Parlamentares exercem representação./ Parlamentares exercem mandatos.
Parlamentares recebem vencimentos./ Parlamentares recebem subsídios.
Prisões preventivas são expedidas./ Prisões preventivas são decretadas.
- Quem é? É fulana? - É ela mesma! -/ Quem é? É fulana? - Sim, sou eu!
Quero falar consigo/ Quero falar com você (ou com o senhor)
Questões de ordem no Parlamento são requeridas/ Questões de ordem no Parlamento são levantadas.
Receita é calculada/ Receita é estimada.
Recorre-se da decisão do juiz /Apela-se da decisão do juiz.
Recursos são requeridos/ Recursos são interpostos.
Temos várias alternativas/ Temos alternativas
(opção entre duas coisas).
Tirou a criança para fora do buraco/ Tirou a criança do buraco.
Venci na vida às minhas custas/ Venci na vida à minha custa.
Viúvas e herdeiros recebem proventos/ Viúvas e herdeiros recebem pensões.
Conclui-se o texto dizendo ser importante o bom uso da linguagem, em qualquer situação da vida, pois a linguagem é como espelho, ferramenta, lugar. Deverá o leitor ficar atento para evitar situações embaraçosas, sobre o que dizer ou não dizer em conversas, relacionamentos pessoais, apresentações, discursos, textos escritos. Na vida, a linguagem traduz cada pessoa, sua forma de ser, agir, pensar. É uma arma com a qual a pessoa poderá ganhar ou perder. Portanto, todo cuidado será pouco.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O PODER E A MAGIA DAS PALAVRAS

 

A-magia-das-palavras

Há muito tempo aprendi que as palavras são mais poderosas que qualquer droga, arma, artimanha ou vício conhecido pelo ser humano. O poder da palavra é maior que o das bombas atômicas ou das armas nucleares, pois compete à PALAVRA a decisão de emprego ou não dessas armas.

Dessa afirmativa inicial diz-se que a real força do mundo está nas palavras, sejam as ditas, sejam as escritas. Mas as palavras escritas têm mais força, porque é algo que fica marcado, enquanto aquilo que é dito pode desfazer-se no tempo, desaparecer na vontade ou no desejo das pessoas. Os escritos são perenes, fazem história, constroem a vida. E, nesta vida, os fatos passam, os temas esquecem-se, mudam-se, mas as palavras ficam. São elas que vão significar tudo na vida. Por isso é preciso ter atenção com as palavras, elas são como espelho a refletir a imagem das pessoas que as utilizam.

Aristóteles definiu o homem como zôon lógon échon. A tradução desta expressão está mais para “vivente dotado de palavra” do que “animal dotado de razão” ou “animal racional”. Se há uma tradução que realmente engana, no pior sentido da palavra, é justamente essa de traduzir logos por ratio. E a transformação de zôon, vivente, em animal. O ser humano é um vivente com palavra. E isto não significa que tenha a palavra ou a linguagem como coisa, ou faculdade, ou uma ferramenta, mas que o ser humano é palavra e, enquanto palavra o seu modo de se dar é na palavra e como palavra.

Percebe-se, então, que toda palavra tem poder, toda palavra tem saber. Cada pessoa tem responsabilidade por aquilo que diz. A palavra tem força, é mágica, encantada. Pode levar ao céu ou descer ao inferno. E, à maneira dos costumes, as palavras podem cair em desuso, empreender viagens, falar muitos idiomas. São como perfumes, evocam sonhos, poesia, magia, sedução.

É pelo poder das palavras, pelo significado e controle delas, pela imposição de algumas e pelo silenciamento ou desativação de tantas outras, que as pessoas lutam na vida, tropeçam, vencem. Nessa luta se joga algo mais do que simplesmente palavras. Vejam-se a palavra experiência. Em espanhol, significa “o que nos passa”; em português, “o que nos acontece”; em francês a experiência seria “ce que nous arrive”; em italiano, “quello che nos succede” ou “quello che nos accade”; em inglês, “that what is happening to us”; em alemão, “was mir passiert”. Então, a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca.

Por isso tudo é fundamental, ao ser humano, ter cuidado, atenção, respeito às palavras, pois com elas exercitamos a comunicação, dizemos quem somos, o que queremos na vida. Essa comunicação dirige nossos pensamentos e molda nossas ações e, de alguma forma, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, evidenciando nossos pontos fortes ou potencializando nossas limitações. A palavra induz à idéia, tanto quanto a idéia induz à palavra.

Para concluir a reflexão, pense o leitor nas palavras que usa e analise quais palavras mais saem da sua boca. Essas palavras são de amor, irritação, amizade, compreensão, respeito, elogio, condenação, crítica? Depois, responda como essas palavras são transmitidas, se com humildade ou arrogância. Ainda, tente descobrir quais palavras são importantes no convívio diário da vida. Por fim, exercite algumas palavras mágicas. Seis palavras importantes: “Reconheço que o erro foi meu”. Cinco palavras importantes: “Seu trabalho é bom”. Quatro palavras importantes: “Qual a sua opinião?” Três palavras importantes: “Faça um favor”. Duas palavras importantes: “Muito obrigada”. As palavras nunca são somente palavras. Elas traduzem aquilo que cada pessoa é e o que tem. As palavras traduzem a vida.

DICAS DE GRAMÁTICA

ESTE, ESSE OU AQUELE, como usá-los?

¨ Emprego dos pronomes demonstrativos em relação ao DISCURSO:
       - entre dois ou três fatos citados:
¨ o primeiro que foi citado  aquele
¨ o do meio esse
¨ o último citado este
¨ Houve uma guerra no mar entre corsários de França e Inglaterra: estes [desnecessário dizer que são os corsários ingleses] venceram aqueles.
¨ Música de câmara e ópera são as suas preferidas: esta, porque mexe com seus sentimentos; aquela, pelos efeitos relaxantes.

ONDE USAR ONDE?

¨Onde, em termos de classe gramatical, pode ser pronome relativo ou advérbio (interrogativo de lugar: Onde estás?). A preocupação maior de revisores, tradutores e pessoas que desejam escrever com excelência reside no emprego do pronome, que tem sido usado a torto e a direito como se fosse universal, valendo por "que, quando, cujo, no qual".

¨O pronome relativo onde se refere a um substantivo antecedente de lugar:

¨A cidade onde moro é linda.

¨Ideal para longas caminhadas, o parque da maternidade permite uma visão da bela Rio Branco e conta com uma ciclovia onde bicicletas e patins disputam o espaço democraticamente.

¨Fomos fazer canoagem e o bote onde estávamos virou.

¨Há lugares no mundo onde se vive muito bem.

A PRESENÇA ITALIANA NA LÍNGUA PORTUGUESA

 

babel

Uma língua viva, falada, recebe, naturalmente, influências de outras culturas. E, em artigos anteriores, falou-se da herança de outros povos na formação da língua portuguesa. Comentaram-se as influências: francesa, inglesa, espanhola, árabe, tupi, africana, grega. O texto de hoje contribui na compreensão da herança italiana na língua portuguesa.

É fato que o léxico de uma língua é formado por palavras vindas de vários lugares, e que isso depende do contato que os povos tiveram entre si. No português, temos palavras germânicas, árabes, francesas, italianas, japonesas, chinesas, só para ilustrar alguns legados, e nós as aprendemos quando precisamos usar. Por isso qualquer pessoa que entra num shopping center assimila o que é 50% off' (desconto de 50%) e isso não impede a comunicação.

O Brasil, em final do século XIX, recebeu levas de imigrantes de todos os cantos do planeta, mas nenhum influenciou tanto a cidade de São Paulo quanto os italianos. Eles vieram para a lavoura do café a partir de 1877 e faziam a rota contrária: do interior para a capital de São Paulo. Tanto foi assim que já no começo do século XX constituíam praticamente a metade da população da cidade. E, assim, da mistura da língua italiana com o português criaram aquilo que se chamou de “língua brasileira”.

As influências estão presentes em toda parte, na culinária, na passionalidade, no vestir, na educação, nas expressões, na música, na ciência e nas artes. Das correntes de imigração, os italianos só perderam, no final do século XIX, para os portugueses... os nossos descobridores.

O brasileiro é conhecido por gostar do tradicional arroz e feijão e, também, por apreciar um prato de massa. Assim é que muitas palavras da culinária italiana ingressaram no português de forma definitiva. Dentre elas enumeramos: Lasanha: lazanha/lasanha; Nhoque:enhoque/ nhioque; Espaguete: spaguetti/espaguete/ spaghet; Muçarela: mussarela/musarela/muzzarella; Pizza: piza; Taglierini: talharim/ Ravioli: ravióli; Panetone: panetone.

Algumas dessas palavras são grafadas de forma diferente de um canto ao outro do Brasil, ora com /s/ ora com /z/. Esse comportamento também é notado nos dicionários que registram essas formas aportuguesadas. Lasanha, por exemplo, em italiano se escreve com "s" e "gn", ou seja, "lasagna", e em português com "s" e "nh", "lasanha". Depois, vê-se "nhoque". Em italiano, é "gnocchi", mas, em português, escreve-se com "nh" no começo e "que" no final ("nhoque"). Vê-se também "espaguete", que em italiano se escreve "spaghetti" e vem de "spago", que quer dizer barbante. Há, ainda, a palavra mozarela/muçarela/mozzarella.

Segundo Pacheco Júnior, autor de "Gramática Histórica da Língua Portuguesa", cerca de 300 palavras italianas foram incorporadas ao português falado no Brasil. São exemplos: cantina, caricatura, fiasco, bravata, poltrona, alegro, aquarela, bandolin, camarin, concerto, maestro, piano, serenata, alarme, boletim, carnaval, confete, macarrão, mortadela, salsicha, além, é claro, do "ciao", tranformado em "tchau".

No Brasil, a imigração italiana foi tão forte que, segundo os dados oficiais, pode-se afirmar que de 1870, até hoje, a influência italiana no Brasil chegou a ultrapassar a influência portuguesa, tendo sido registrada a entrada de mais pessoas de nacionalidade italiana (34% do total) que de nacionalidade portuguesa (28%), enquanto que todas as outras nacionalidades juntas (espanhóis, japoneses, alemães, sírios/turcos etc) somam os 38% restantes.

Foi assim que nas comemorações dos 500 anos do Brasil o IBGE apresentou dados oficiais sobre a imigração no país, segundo os quais cerca de 1,5 milhões de italianos escolheram o Brasil como segunda pátria. A maior parte entrou nos Estados de São Paulo, Rio grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Esses imigrantes aqui constituíram parte significativa da família brasileira e, por isso mesmo, cada brasileiro carrega consigo, no vocabulário, traços culturais do italiano.

DICAS DE GRAMÁTICA

ESTA E ESTÁ, QUANDO USAR UMA OU OUTRA FORMA, PROFESSORA?

- Professora Toinha, esta caneta que está aqui é sua?

Esta - pronome demonstrativo, pois indica o lugar ou a posição dos seres e objetos em relação à pessoa que fala. 

Está - verbo estar - indica um estado ou qualidade.

Ex.:

a. Esta conversa já está ficando aborrecida.

b. Esta criança já está na escola.

c. Está incomodando esta música?

d. Está disposto a ganhar esta partida?

e. Esta janela está aberta.

HOUVE E OUVE, COMO USÁ-LOS?

Ouve: verbo ouvir, escutar. 

Houve: verbo haver, no sentido de acontecer, existir, sair-se bem ou mal.

Ex.:

a. Fale mais alto. Ele não ouve muito bem.

b. Em 1865 houve uma guerra entre o Brasil e o Paraguai.

c. Fale mais perto e baixinho, senão ela ouve o segredo.

d. Não fique nervoso. Não houve nada de grave.

e. Houve muita confusão no jogo de domingo.

f. Ela só ouve música clássica.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A SAUDADE QUE HABITA A ALMA LUSO-BRASILEIRA

Tanta gente indaga se é verdade que saudade é uma palavra que só existe em Língua Portuguesa?! A verdade é que ela aflige o coração de tantas pessoas, pelo que carrega de significação. Mas possui etimologia incerta. Suas formas arcaicas são "suidade, soedade e soidade", na fase do galego-português. Teria vindo, talvez, de "soledade", solidão. Também foi levantada a hipótese de vir de "salutate", uma saudação bastante usada nas despedidas das cartas romanas. Até a influência de "saúde" já foi aventada. A dificuldade de explicar a mudança fonética fez João Ribeiro (grande estudioso da Língua Portuguesa) opinar que saudade tem origem no árabe "saudá", significando profunda tristeza. Outra possível hipótese, presumidamente fantasiosa, é ter derivado de "Ceudda", forma berbere de dizer Ceuta, fortaleza distante onde os soldados passavam longos tempos ausentes da terra natal.
De fato, essa palavra carrega mistérios, encantos, nostalgia. Talvez por essa multiplicidade significativa, essa indefinição que envolve o sentido que transposta, sobre ela há tantas definições: Sentimento mais ou menos melancólico de ausência, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo; nostalgia ou afastamento de um lugar ou de uma coisa; ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados, por alguns, como bens desejáveis; lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoa ou coisa distante ou extinta; pesar pela ausência de alguém que nos é querida. Como sinônimos ela tem duas palavras: Lembrança e Nostalgia.
Para os gramáticos consultados, saudade é substantivo abstrato, tão abstrato que só existe na língua portuguesa. Os outros idiomas têm dificuldade em traduzi-la ou atribuir-lhe um significado preciso: Te extraño (castelhano), J'ai regret (francês) e Ich vermisse dish (alemão). No inglês há variadas tentativas para dizê-la:: homesickness (equivalente a saudade de casa ou do país); longing e to miss (sentir falta de uma pessoa), e nostalgia (nostalgia do passado, da infância). Mas todas essas expressões estrangeiras não definem o sentimento das pessoas que falam o português. São, apenas, tentativas de determinar um sentimento que nós mesmos não sabemos, com exatidão, como defini-lo. Não é apenas um obstáculo ou uma incompatibilidade da linguagem. É, principalmente, uma característica cultural daqueles que falam o idioma de Camões.
Independente de origem etimológica, o fato é que essa palavra mora na alma brasileira. Saudade não tem cor, mas pode ter cheiro. Não podemos ver nem tocar, mas sabemos o quanto é grande. Pode ser o sentimento que alimenta um relacionamento amoroso ou apenas o que sobra dele. Pode ser uma ausência suave ou um tipo de solidão. Pode ser uma recordação daquele momento e daquela pessoa, que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever. É a dor de quem encontrou e nunca mais voltará a encontrar, de quem sentiu e nunca mais voltará a sentir. Assim, a saudade se combina com outros sentimentos e procria-se. A soma da saudade com a solidão é igual à Dor. O resultado da saudade com a Esperança é a Motivação.
Saudade é uma só, em diferentes palavras. É comum encontrá-la grafada nas lápides em alusão a dor da ausência provocada pela morte. Mas na Literatura e na Música é um tema crônico. É quem arquiteta a estrofe e conduz o tom. Não importa o gênero literário ou o estilo musical, não importa o autor, a época ou a situação. Saudade é saudade, um sentimento luso-brasileiro.
Saudade é um registro fiel do passado. É a prova incontestável de tudo que vivemos e ficou impresso na alma. Ao confessarmos uma saudade, na verdade, estamos nos vangloriando de que, ao menos uma vez na vida, conhecemos pessoas e vivemos situações que foram boas, e serão eternas em nossa alma. Nutri-la, é alimentar o espírito e a própria existência.
Se há tantas e, ao mesmo tempo, tão imprecisas definições de saudade restam-nos, apenas, cultivá-la e alimentá-la com pensamentos, músicas, perfumes, fotografias, lugares, fins de tarde e madrugadas. Que saibamos viver plenamente o presente, pois ele será a saudosa lembrança do amanhã. Pois a vida vai tecendo laços e tudo que tece são pedaços do vir-a-ser, que se transforma em ser. Assim, a saudade aportou no Brasil com a colonização e, sendo o Recife um dos primeiros, senão o primeiro porto a ser tocado na rota, ela aqui aportou e fez sua morada. Hoje habita cada coração dessa gente luso-brasileira.

DICAS DE GRAMÁTICA
COMO UTILIZAR MEIO E MEIA, PROFESSORA?


- O uso da palavra “meio” depende da classe gramatical, se for adjetivo ou advérbio.
Meio adjetivo - A palavra meio (= metade) varia no feminino e plural quando precede um substantivo:Cem mil toneladas de arroz representam o consumo nacional de meio mês. Ganhou meia gleba de terra em área amazônica. Por favor,rapaz, deixe de meias palavras.- Em tais casos, faz-se a concordância em gênero e número mesmo que o substantivo esteja subentendido, como se verifica em “meia hora”:Antigamente, à meia-noite e meia (hora) apagavam-se as luzes da cidade.O almoço deve ser servido ao meio-dia e meia.


Meio advérbio - Com o significado de "um tanto, um pouco, quase", acompanha um adjetivo e fica invariável:As portas ficaram meio abertas. Ela está meio tonta. Elas são meio tolas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A LÍNGUA PORTUGUESA NA INTERNET

É natural a preocupação de professores em relação à linguagem da Internet. Muitos questionam sobre a banalização do idioma. Outros defendem a tese de enriquecimento lingüístico, isso porque novas palavras, a cada dia, entram no léxico do idioma pátrio. A verdade é que a Internet vem revolucionando a comunicação humana de uma forma como nenhuma outra invenção foi capaz de fazer até hoje. E, ao tempo em que dissemina informação e divulgação mundial, também é veículo de interação entre indivíduos, independentemente de suas localizações geográficas. Assim, a Internet trouxe numerosas mudanças no vocabulário empregado nas conversas dentro e fora do ambiente virtual.

Nesse novo contexto é importante observar que cada época possui uma forma própria de comunicar-se: os sons de tambor, o fogo, os sinais com panos ou bandeiras, o bilhetinho, o telefone, o telégrafo, e agora o telefone fixo-móvel, a Internet e os telemóveis. O fato é que esse fenômeno Internet, em pleno vigor, neste século XXI, não foge à regra de qualquer outra época. As necessidades de comunicação têm sido muitas, o ritmo de vida é muito rápido, e o ser humano continua a inventar sempre o material que faz avançar os seus sonhos e sempre aperfeiçoando e indo mais além, de descoberta em descoberta. E, assim, o homo sapiens está a converter-se em homo digitalis com a introdução, na vida diária, dos computadores, da Internet e dos telemóveis.

A linguagem, como espelho da vida social, ajusta-se ao momento, aos meios, à tecnologia. Não há mais espaço, nas conversas online ou por telemóveis, para frases longas, textos em padrão culto. Por isso mesmo a linguagem integra-se às necessidades da vida moderna. Palavras são abreviadas até o ponto de se converterem em uma, duas ou no máximo três letras. São exemplos disso: não = n, sim = s, de = d, que = q, também = tb, cadê = kd, tc = teclar, porque = pq, aqui = aki, acho = axo, qualquer = qq, mais ou mas = +, blz = beleza, abç = abraços, fds = fim de semana, tb = também, vc = você, pq =porque, etc.
Percebe-se, nos poucos exemplos, que a pontuação e a acentuação foram abolidas (é = eh, não = naum), isso porque a escrita dos ambientes virtuais prende-se à fonética das palavras e não à ortografia fixada pela norma padrão, motivada por questões relativas à economia de espaço e à rapidez de transmissão de dados da comunicação.Essa é uma demonstração de como a linguagem está a serviço do usuário que a manipula segundo o tempo, a situação, o contexto.

Da mesma forma, a telefonia celular também difunde o envio de mensagens SMS – conhecidas por "torpedos" – com grandes vantagens aos usuários: não se perde tempo ao falar, mandam-se mensagens de qualquer lugar e a qualquer hora. Mais uma vez, as limitações tecnológicas – neste caso, o tamanho da tela do aparelho telefônico – influenciam a estrutura da linguagem utilizada: quanto menos caracteres usados, mais espaço para a mensagem. Daí decorre a necessidade de economia da linguagem em forma de abreviaturas. Tudo isso representa um momento da vida atual, não há nenhum perigo. Isso porque a linguagem retrata a vida humana no curso do tempo. E esse tempo de hoje é veloz, tecnológico, com linguagem virtual.

Têm-se, assim, breves comentários para dizer que a Internet não oferece nenhum perigo ao idioma português ou a qualquer outro. Vive-se o imperativo do tempo, da globalização, da tecnologia, da velocidade nos meios de comunicação. E a linguagem virtual passa a ser mais uma faceta da linguagem humana, em atenção ao tempo, ao meio, ao contexto, às necessidades, aos veículos. Importante é saber quando utilizar uma ou outra forma. Um ou outro padrão. O que está em jogo é a comunicação e se esta se realiza com eficiência acontece uma maravilha, nada a temer. É a linguagem cumprindo seu papel: ajustando-se ao meio e às necessidades de seus usuários.

Finalmente, dadas as dimensões, a Internet – no que diz respeito ao uso da língua em ambientes virtuais -- não pode ser ignorada, pois a linguagem da Internet também está sujeita a regras, convencionalizadas pelo uso, nos novos gêneros discursivos que surgem no ambiente virtual, como o chat, fórum, lista de discussão, messenger, blog, etc. Cabe ao professor integrar a linguagem da Internet ao rol das variedades sócio-estilísticas da língua, fazendo as correlações entre a norma e o uso.

domingo, 6 de dezembro de 2009

O PODER DAS PALAVRAS

Vive-se em um mundo cercado de palavras. Muita gente julga que as palavras não têm poder, mas, em verdade, elas direcionam a vida de toda gente. Isso porque tudo quanto existe no mundo é nomeado pela força das palavras. É pelas palavras que fazemos as pessoas felizes, fazemos sofrer, trazemos satisfação, magoamos, acariciamos, alegramos, damos prazer , consolamos, geramos raiva, incutimos o medo, produzimos pensadores e pensamentos, inibimos o surgimento de novas idéias, tolhemos a criação de um momento, tornamos sensíveis os olhares, e uma infinidade de outras coisas.

Vê-se, então, que as palavras sempre são poderosas, não resta dúvida quanto a isso. Elas são a íntima conexão com o viver e a vida. De uma forma geral, as pessoas são descuidadas com o uso das palavras. Entretanto, a maioria das coisas que se consegue nessa vida -- uma amizade, um desafeto, uma demissão, uma promoção, um emprego, uma simpatia, uma antipatia, etc – resulta de palavras pronunciadas. Uma palavra otimista, positiva, confiante, generosa, compreensiva, amorosa pode mudar completamente a tendência de um ambiente tenso, depressivo. Também é possível mudar um quadro pessimista em um otimista, tudo por meio das palavras.

Há pessoas que se orgulham por não terem "papas na língua". Confundem sinceridade com grosseria. Vivem ferindo as pessoas e não estão nem aí com o que provocam. Contudo, não conseguem compreender porque encontram tantas resistências, tantas provocações e tantos dissabores. Embora o ditado popular que diz "quem semeia vento, colhe tempestade" sirva para mostrar a ligação que há entre causa e efeito, muitos, através de suas próprias bocas, continuam semeando discórdia, mas teimam em não perceber a origem daquilo que colhem. Também a sabedoria popular ilustra bem este comportamento inconseqüente no ditado: "quem fala o que quer, escuta o que não quer".
Uma palavra pode marcar alguém para o resto da vida. A criança, por conta de sua sensibilidade, é mais suscetível às palavras. Uma palavra dita para uma criança pode determinar o seu futuro. É muito comum, por ignorância, os pais dizerem: "esta menina é um desastre; este menino é muito burro". Dessa forma, o subconsciente, ao determinar algo como verdadeiro, cria leis mentais que tentarão se cumprir. Ou seja, a responsabilidade que cada pessoa tem com o uso das palavras é imensa, colossal. Tanto, através delas, se constroem vida, como se afetam vidas alheias.

Sabe-se que as guerras são deflagradas por conta de palavras, porém, a humanidade teima em não perceber o poder (de destruição e união) que existe no seu uso. Com palavras de amor e compreensão um ser humano excepcional foi capaz de revolucionar o mundo. Jesus não utilizou outra coisa para transformar a humanidade senão palavras que, até hoje, continuam vivas e atuais.

Afinal, é bom pensar e nunca esquecer a força das palavras. Na força negativa e positiva. Sim, as palavras podem libertar e oprimir, alegrar e entristecer, fazer viver e fazer morrer, aliviar e angustiar, rir e chorar, incentivar e esmorecer, amar e odiar e assim tantas coisas mais. Além do conteúdo das palavras, existe a forma de como elas são ditas.

Uma palavra confere o nome ao filho que nasce e ao navio ou avião que transportará vidas ou armas. “Vá”, “Venha”, “Fique”, “Eu vou”, “Eu não sei”, “Eu quero, mas não posso”, “Eu não sou capaz”, “Sim, eu mereço”. As palavras têm o poder de dizer a vida. Elas são porta-vozes do mundo. Por isso merecem ser cuidadas, zeladas.

Termino o texto convidando-os, aqueles que lêm Letras & Letras, a utilizarem as palavras, elas pertencem a cada pessoa enquanto quiserem usá-las. Não deixem para depois o que podem fazer agora. Peçam desculpas, amem, jurem, confiem, falem com doçura, digam verdades, sejam gentis, abençoados, sejam felizes. Iniciem o 2010 falando com o coração de Amor.

sábado, 5 de dezembro de 2009

A EDUCAÇÃO ONTEM E HOJE

Mais do que nunca, a educação está hoje em debate, no Brasil e em todo do mundo. Não há sociedade humana sem educação. E nós, seres humanos, possuímos uma herança cultural que precisa ser constantemente transmitida por mecanismos culturais. As crianças são "educadas" aprendendo com os adultos o que as gerações acumularam de conhecimentos e tecnologia, hábitos e atitudes, valores e crenças necessárias à vida em sociedade. Afinal, em que consiste a educação?
A educação consiste na formação do espírito isento de todo dogmatismo, visando capacitar a pessoa humana a elevar-se acima da corrente dos acontecimentos, ao invés de arrastar-se por eles. O ato de ensinar e de aprender sempre esteve intimamente ligado a concepção de mundo e de homem que as civilizações apresentaram. E, no decorrer da história, a educação escolar sempre esteve atrelada a duas instituições: ao governo e a igreja. Desse modo, a instituição escolar concorreu e auxiliou, a seu modo, para a perpetuação e desigualdade entre as pessoas, tanto quanto qualquer outra agência humana que tivesse o poder baseado na casta, na classe social ou no nível sócio-econômico dos indivíduos.
Sabem-se, segundo dados históricos, que a educação institucionalizada nem sempre teve um fio democrático como nos dias de hoje. Foi a partir de 4.000 A.C., com o advento da escrita e o fim da Pré-História, que surgiu a sociedade de classes. A partir de então, a educação passou a ser uma atividade isolada das demais, da pesca, da agricultura, da religião. Surgiu a profissão de professor que, até o século IV, D.C., era praticada por escravos.
Assim, a educação escolar, como nós a conhecemos na atualidade, é uma invenção muito recente. A escola de hoje começou na Grécia antiga, na Roma Imperial. Na Grécia antiga a educação era modelar, centrada na figura do herói, nos poemas épicos tais como Ilíada e Odisséia. Durante séculos, a educação literária tradicional, centrou-se na memorização e no canto acompanhado da lira, transmitindo às crianças e aos adolescentes gregos o ideal de vida e o modelo de conduta de Aquiles, Ulisses e Telêmaco, entre outros. Nessa sociedade, o homem deveria responder pelas atividades do mundo exterior, da vida pública, enquanto a mulher - esposa legítima - a vida deveria ser vivida no interior da casa, praticando atividades ligadas à manutenção e a procriação dos filhos, de bens e de tecidos, o gerenciamento dos escravos, o preparo de alimentos e a guarda dos tesouros familiares.
Na civilização espartana o homem era o resultado do cultivo permanente do corpo. Deveria ser forte, desenvolvido e eficaz em todas as suas ações. O processo de educação formal em Esparta era totalmente definido pelo Estado. Esta soberania era exercida tanto nas crianças quanto nos adultos. Ali, no entanto, os alunos eram educados para a vida militar. Nessa época, a educação era para meninos. As meninas aprendiam em casa.
Na Roma Antiga, durante séculos, a educação foi puramente doméstica. Pobre, preparava os filhos para o trabalho. Rico, ensinava aos seus descendentes a leitura, o cálculo, as leis das Doze Tábuas, que todo romano devia conhecer, além dos exercícios físicos e manejo das armas. Às vezes, eram acrescentadas noções de geografia, astronomia e de agrimensura. A educação terminava aos 16 anos, trocando então o jovem, a túnica com uma franja colorida (toga pretexta) por outra completamente branca (toga virilis). A educação tinha um caráter religioso e moral.
Na Idade Média, com a importância da Igreja e o poder dos ricos, a imagem do ensino é a de um monge trancado na biblioteca copiando um livro. Todo o saber dependia da cópia do livro. Esse cenário muda com a queda de Constantinopla, a descoberta das Américas e a invenção da imprensa no final do século XV, quando o mundo entrou na chamada "Galáxia de Gutenberg. A importância de um livro aumentou bastante. Com a imprensa, os textos que antes eram copiados, passaram a ser impressos. Começou a comercialização de livros. Muitos pensadores, como Erasmo de Roterdam, por exemplo, começam a pensar em uma mudança na ótica da cultura, o humanismo do Renascimento. O sagrado passou a ser considerado o ser humano. Até então, o mundo, a vida eterna e a Igreja eram o centro do universo.
Com a disseminação da Bíblia, no século XVI, surgiram militantes religiosos como Martinho Lutero, que disseminou novas expressões do pensamento cristão. Em 1534, a Igreja Católica promoveu o Concílio de Trento e a Reforma Católica, e criou uma relação de livros proibidos. Recriou-se a Inquisição, com a perseguição dos hereges. A Igreja Católica criou a Companhia de Jesus, que foi fundada por Inácio de Loyola, com o objetivo da catequização.
Com a catequese, os jesuítas chegam ao Brasil e, com eles, a educação aqui teve seu início. Desde o princípio, o padre José de Anchieta ensinou aos índios o latim e o português, e aprendeu com eles a língua tupi a tal ponto que foi capaz de escrever a primeira Gramática da língua tupi. Ele desenvolveu um método de ensino que aliava o teatro à educação. Foi o criador, no Brasil, do teatro educativo. As aulas eram verdadeiras peças de teatro. Cada personagem falava em uma língua: se era um santo, falava latim; se era português, português; se era índio, tupi. A partir de então a educação escolar ganhou nova forma e o Brasil viveu variadas fases educacionais. Todavia, nenhuma delas foi capaz de romper com as desigualdades sociais.
A educação no século XXI necessita de uma visão clara e desafiadora da cultura, onde estão inseridos os educadores e educandos. Querendo-se ou não, é por esta relação que se constitui a essência da ação pedagógica: ensinar a saber e a ser. Assim, a educação pode ser reformulada, voltada para o ser humano, não para os interesses econômicos – a chamada “educação do opressor”. Onde surgem interesses desiguais, a educação também é desigual. Essa é a realidade. A posse dos bens materiais separa os homens, e também desarmoniza a educação. O saber “oficial” torna-se um instrumento de poder político. Cabe ao educador empenhar-se para, de acordo com suas possibilidades e capacidade de intervenção, modificar esse estado de coisas, contribuindo para criar uma nova escola, uma nova educação, que seja capaz de transmitir e preservar os ensinamentos acumulados e, ao mesmo tempo, motivar os estudantes a questionar o que é consagrado.

SAUDADE

Não se admire se um dia, um beija flor invadir/A porta da tua casa,te der um beijo e partir/Foi eu que mandei o beijo que é pra matar meu desejo/Faz tempo que eu não te vejo, ai que saudade d'ocê/Se um dia ocê se lembrar,escreva uma carta pra mim/Bote logo no correio,com frases dizendo assim/Faz tempo que eu não te vejo, quero matar meu desejo/Lhe mando um monte de beijo ai que saudade sem fim/E se quiser recordar aquele nosso namoro, quando eu ia viajar/Você caía no choro, eu chorando pela estrada,mas o que eu posso fazer trabalhar é minha sina eu gosto mesmo é d'ocê (fábio junior)
Essa mensagem é para matar as saudades de alguém muito especial, tendo por fundo musical sonho impossível, de Roger Wiliams. A Saudade é algo indescritível, uma espécie de dor que vem devagarzinho, de mansinho, Vai chegando como quem não nada quer... Se instala sem pedir licença...Como o vento... É brisa que vai aumentando sem se ver... Ah! Saudade... Tu és a ausência de alguma presença... És a musa inspiradora dos poetas... Companheira dos amores perdidos... desiludidos, sofridos... Dos amores banidos... Ah!... Saudade...Lição de vida... E que lição... que vida... Vida vivida... aprendida... sofrida. Lição de quem já amou, sofreu... enfim... viveu e ainda sonha viver muitos momentos lindos.

QUANDO DÓI O CORAÇÃO


Quando dói o coração, todo o corpo dói. Por que permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a ponto de saírem carregando um pedaço de nós quando partem ou quando ficam distantes? Por que nos damos tanto, nos entregamos tanto, nos deixamos tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos sentimentos? Por que não temos a graça de saber a quem entregar o coração?! Deveríamos aprender a ficar na margem, olhando de longe a paisagem dos sentimentos, senti-los calmamente, como quem se fascina com uma miragem. Mas não nos satisfaz olhar, nós mergulhamos na imagem ao ponto de nos unirmos a ela num só corpo, uma só alma. Isso, talvez, porque humanos que somos, precisamos, absolutamente, sentir ao risco de nos afogar. Aí, tolos, ingênuos, sonhadores, mergulhamos inteiramente nos sentimentos e quando não se tem o retorno, todo o corpo dói. Por que, então, permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a ponto de saírem carregando um pedaço de nós? Devemos ter a atenção para olhar as mãos, se são cuidadosas, se elas vão se abrir, logo adiante, e deixar cair aquele sentimento que lhes foi presenteado.Humanos que somos, precisamos de respostas, de afeto, atenção, reciprocidade. Não podemos nos afogar num mergulho profundo quando não sabemos a profundidade das águas. Se pudéssemos escolher, apenas, uma alternativa na vida, o que seria mais importante?Amar ou Ser Amada?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CRIAÇÃO

No último dia da criação, depois que tudo estava pronto, e o Senhor viu que “tudo era bom”, criou o homem e a mulher e lhes outorgou a missão de cuidado para com a obra criada. Fez-nos guardiões da natureza. Este é o sentido bíblico do “dominai a face da terra”. O termo “dominai” vem de latim “dominus” que significa “senhor”. Daí a palavra domingo, que significa “dia consagrado ao Senhor”. O dia do descanso. Como o pai cuida dos filhos, como a mãe é capaz de dar a própria vida pela vida dos filhos, assim também fomos constituídos senhores no sentido da paternidade de quem cuida, na maternidade de quem vela. Isso é Criação! Isso é VIDA!

domingo, 22 de novembro de 2009

VILA FLOR


O amor é a flor da vida, e floresce inesperadamente e sem lei, e deve ser resoluto onde foi encontrado, e aproveitado durante o seu breve tempo de duração. Flor e Vida são momentos únicos, especiais, de duração eterna pela beleza, encanto, magia. A lembrança eterniza o tempo, os momentos, os anos, a vida se que se tem vivido. Flores: são tão especiais, elas falam, têm a voz do coração, a linguagem do amor, o cheiro da vida, o frescor da natureza, a beleza da magia, encanto, sedução.
O certo é que poucas coisas podem estar tão ligadas ao amor e ao desejo como as flores. Quer ver? A flor é a própria essência de uma planta e representa a maior concentração de sua força vital, porque é nela que a planta deposita todo o potencial que possui para garantir sua reprodução. Por definição, a flor é o órgão de reprodução sexuada das plantas superiores e em cada uma, há um ovário cercado de outras estruturas, como os órgãos masculinos ou estames, que produzem o pólen.
Formas, cores e perfumes são os recursos que a planta concentra nas flores para garantir a sedução de insetos e até pássaros polinizadores, fundamentais para que a reprodução aconteça. Em busca do néctar, os polinizadores, atraídos e seduzidos pela flor, cumprem a função de unir os órgãos masculinos e femininos, gerando um novo ser. Como se vê, é na flor que tudo acontece. Isso tudo é a beleza e o mistério da Vida!

BLUME



A Palavra BLUME ainda não está registrada.No dicionário e na enciclopédia se encontra a palavra "BLUME" bem explicada.Para muitas pessoas a PALAVRA BLUME tem um significado especial. Mas o que significa essa palavra para você, caro leitor?Gostaria muito que você participasse desse blog. Dê um significado para a palavra BLUME. Obrigada!

A BELEZA DA VIDA

A natureza tem uma beleza inconfundível, que é necessário preservar. Vejam as fotos fantásticas que revelam a verdadeira beleza que a natureza nos oferece e que os seres humanos têm tendência a destruir. Aproveite e preserve cada segundo, cada olhar, cada imagem que a natureza nos oferece, guarde-as dentro de si para viver cada segundo mais feliz. A beleza da vida reside na sabedoria de olhar cada recanto como um presente de Deus.

MAGIA DA NATUREZA

Os "elementos" dentro do simbolismo mágico são os componentes básicos de tudo o que existe. Esse quatro elementos – Terra, Ar, Fogo e Água – são ao mesmo tempo visíveis e invisíveis, físicos e espirituais. A partir desses elementos todas as coisas foram formadas, de acordo com o pensamento mágico. Nosso conhecimento científico atual, que sustenta haver muitos outros "blocos de construção", não contraria este princípio, é apenas uma versão mais elaborada. Não é nada sábio encarar os quatro elementos em termos puramente físicos. Terra, por exemplo, refere-se não apenas ao planeta no qual vivemos, mas também ao fenômeno terreno, da base e da estabilidade. Similarmente, o Fogo é muito mais do que a labareda.Uma vez que esta é a magia da Natureza, utilizando poderes, instrumentos e símbolos naturais, é importante compreender tais poderes. Um dos meios de fazê-lo é por intermédio do estudo dos elementos.O sistema elemental foi elaborado e aprimorado na Renascença, mas sua raízes se estendem muito mais para trás na história. Pode ser visto apenas como um conveniente sistema de organização para os diversos tipos de magia. Pode também ser encarado como o real sistema de poderes que podem ser acessados para auxiliar em encantamentos e rituais. Cabe a cada pessoa definir o modo como os vê. Apesar de os elementos serem descritos como "masculinos" e "femininos", isso não deve ser encarado de maneira preconceituosa. Assim como todos os sistemas da magia, isso é simbólico – descreve os atributos básicos dos elementos em termos facilmente compreendidos. Não significa que seja mais masculino praticar magia do Fogo, ou que a magia de Água seja mais apropriada para mulheres. É apenas um sistema de símbolos.

SONHAR TAMBÉM É REALIZAR

Eu ainda sou aquela menina sentada na nuvem, que com flores nas mãos escreve num jardim seus pequenos sonhos. Por tantas vezes se pega sonhando acordada, acreditando que um dia cada sonho se tornará realidade, porque não tem um sonho egoísta, mas um sonho de amor pelo próximo.
Se alguém me perguntasse: “Luísa, como você se define?”Minha pronta resposta seria imediatamente: uma pessoa simples, que sonha e corre atrás dos sonhos. Os meus sonhos começaram quando eu era criança, queria ser professora, conhecer o mundo, andar às margens do rio Danúbio, ter títulos, viajar, ter uma família sólida, unida, feliz. Sonhava em ser independente.Não sonhava somente coisas pessoais para mim, mas sonhava, também, para o mundo! Sei que sonhar não é ficar ali “apenas pensando”, sem fazer nada, esperando que o céu se abra e tudo venha pronto. Sonhar é começar a pensar no que é possível fazer para tornar um sonho, realidade.Isso tenho feito durante a vida. Continuo a sonhar, a procurar realizar sonhos. Afinal, viver é maravilhoso e sonhar é a melhor arma para se obter a felicidade!

OS ENCANTOS DA VIDA



A vida deu a cada um de nós diversos encantos
O encanto de aceitar as diferenças... O encanto de poder compartilhar... ...de amar e ser amado ... de perdoar e ser perdoado...e principalmente, o encanto de sempre poder contar com pessoas especiais... Mantenha seus pensamentos positivos, porque pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.

domingo, 15 de novembro de 2009

Natureza e Eu

Nossos lábios sorverem as águas puras da fonte enquanto contemplamos as verdes altas montanhas e o azul profundo dos oceanos. Poderemos ouvir dos que virão depois de nós: “Obrigada pelo mundo que vocês prepararam para nós. Obrigada pelo planeta, qual jardim, que vocês nos legaram. Obrigado pelas sementes de vida que vocês plantaram para que pudéssemos colher seus abundantes frutos. Obrigada, muito obrigada!
A vida da gente é feita assim: um dia o elogio, no outro a crítica. A arte de analisar o trabalho de alguém é uma tarefa um pouco árdua porque mexe diretamente com o ego do receptor, seja ele leitor crítico ou não crítico. Por isso, espero que os visitantes deste blog LINGUAGEM E CULTURA tenham coerência para discordar ou não das observações que aqui sejam feitas, mas que não deixem de expressar, em hipótese alguma, seus pontos de vista, para que aproveitemos esse espaço, não como um ambiente de “alfinetadas” e “assopradas”, mas de simultâneas, inéditas e inesquecíveis trocas de experiências.